O fluxo de óleo e gás do poço que vazou no Golfo do México foi parado pela injeção de lama, mas o desafio agora é manter a vedação, disse nesta sexta-feira (28) o almirante Thad Allen, comandante da Guarda Costeira dos EUA.
Em entrevista ao programa ''Good Morning America'', ele disse que as próximas 12 a 18 horas serão ''bastante críticas'' nos esforços de deter o vazamento, que provocou um desastre ambiental.
No mesmo programa, Tony Hayward, executivo da British Petroleum, empresa responsável pelo poço, disse que os trabalhos para tapar o poço estão indo ''bastante bem de acordo com o plano'' e que devem continuar nesta sexta. Ele previu que só no domingo vai ser possível saber se os trabalhos deram certo.
As operações foram interrompidas na noite e ontem para uma avaliação dos trabalhos e retomadas logo depois.
O incidente no Golfo do México já está sendo considerado pelas autoridades o maior vazamento da história do país.
Imagem divulgada pela BP mostra a ação de braço robótico que tentava vedar o poço no Golfo do México nesta quinta-feira (27) (Foto: AP)
Mais cedo na quinta-feira, Thad Allen chegou a afirmar que o vazamento de óleo havia sido detido. Mas a empresa recusou-se a confirmar a informação de que teria conseguido bloquear o fluxo de óleo.
O procedimento para vedar o vazamento prevê a injeção de lodo e cimento, uma operação que nunca foi tentada a essa profundidade antes - o poço está 1,5 mil metros abaixo do nível do mar.
Imagem postada no site da BP nesta quinta-feira (27) mostra o equipamento usado na tentativa de vedar o vazamento. (Foto: AP)
O procedimento, conhecido como ''top kill'' foi autorizado pela Guarda Costeira na quarta-feira mesmo. A BP advertiu que demorará alguns dias até determinar se a operação irá funcionar.
Demissão
A chefe do Serviço de Controle Mineral dos EUA, Liz Birnbaum, responsável por monitorar a exploração de petróleo no mar, renunciou, afirmou nesta quinta o secretário do Interior, Ken Salazar.
A informação foi divulgada durante audiência em subcomitê na Câmara de Representantes sobre o vazamento. Muitos parlamentares e grupos de defesa do ambiente culparam a frouxidão da regulação estatal pelo vazamento.
Salazar disse ao subcomitê que Liz foi ''uma boa servidora pública''.