Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu aos EUA nesta quinta-feira, 21, que reaja ao "desafio" da intensificação da construção de novos assentamentos israelenses no território ocupado da Cisjordânia. As informações são da agência AFP. "Este desafio contra os palestinos, os árabes e a administração americana exige uma resposta árabe, internacional e, em particular, americana", declarou Nabil Abu Rudeina, porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da ANP.
Nesta quinta, o jornal israelense Haaretz publicou uma reportagem citando um estudo que diz que a taxa de crescimento dos assentamentos israelenses na Cisjordânia é quatro vezes maior desde o fim de uma moratória que paralisou a expansão que o nível de dois anos atrás.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decretou a moratória em novembro do ano passado como uma medida para tentar atrair os palestinos para as negociações. As conversas diretas foram retomadas neste ano, mas o israelense disse que não renovaria a medida. Os palestinos, por sua vez, ameaçaram se retirar do processo caso as construções fossem retomadas.
Os palestinos exigem uma nova moratória para que o diálogo tenha continuidade A Liga Árabe aprovou a posição de Abbas e concedeu a Washington o prazo de um mês - que vence no próximo dia 8 - para resolver o impasse.
Um assessor de Abbas, Nimr Hamad, declarou que o líder palestino pedirá aos EUA que reconheçam o Estado palestino com base nas fronteiras de antes de 1967 e que Washington reaja à colonização israelense. "Ante a resistência de Israel em continuar com a colonização e dado que o governo americano pediu em várias ocasiões o fim da ocupação que começou em 1967, assim como o estabelecimento de um Estado palestino, vamos pedir que Washington reconheça oficialmente o a nação palestina", disse. A data para o pedido ser feito, porém, não foi revelada.