Camisas da Seleção, bandeiras e até vuvuzelas invadem as ruas de BH

Camisas da Seleção, bandeiras e até vuvuzelas invadem as ruas de BH

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

Às vésperas da estreia do Brasil na Copa do Mundo, as cores verde e amarelo vão ganhando mais força em vários pontos de Belo Horizonte. Na manhã de domingo, nem mesmo o frio diminuiu a empolgação dos torcedores, que saíram de suas casas vestindo a camisa da Seleção Canarinho. A paixão não fica restrita ao uniforme tradicional, se estendendo a bandeiras e acessórios, como bonés, óculos e pulseiras. A expectativa de que a Seleção faça uma boa estreia terça-feira contra a Coreia do Norte é grande.

Na tradicional Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, o clima já era de jogo do Brasil, com a “pátria de chuteiras” exibindo as roupas bem ao tom da festa. E para completar a cena, a tão comentada vuvuzela também estava presente e, assim como na África do Sul, parece ter caído no gosto dos brasileiros. A contestada corneta já é um dos adereços mais vendidos na banca do jornaleiro Antônio Carlos dos Santos, de 45 anos." Vendo de 15 a 20 por dia. Todos querem fazer barulho. É uma novidade", comemorava.

Os amigos Diego Roa, de 27, auxiliar administrativo, e Vagner Murta, 29, assistente de vendas, que no domingo desfilaram pela Feira de Artesanato com camisas do esquadrão brasileiro, contam que foram precavidos, ao não deixarem nada para a última hora. Há cerca de um mês, compraram bandeiras e a vuvuzela. Na terça-feira, não irão trabalhar para assistir à estreia brasileira na Copa do Mundo. E exalavam otimismo. "O Brasil só perde para ele mesmo. Pelo que vi dos outros times que estrearam na competição, acho que não temos adversários à altura. Estou muito animado", disse Diego Roa.

As imãs Maria Clara, 6, e Marcela Maria Morais, 7, nem eram nascidas quando o Brasil conquistou em 2002 o pentacampeonato. Para chegar ao título na África do Sul elas apostam no sucesso de Kaká e Robinho. “Eles são os melhores”, apontou Marcela. No domingo, as duas só aceitaram sair de casa com uma condição: usando o uniforme do Brasil. Além disso, cada uma levou para a Feira da Afonso Pena uma bandeirola. “Já estamos na torcida”, disse Maria Clara.

Na Praça da Liberdade, na Região Centro Sul de BH, a tradicional caminhada matinal também foi em ritmo de Copa do Mundo. Muitos trajavam alguma peça que lembrava os jogos. Foi o caso da médica Gláucia Lara Rezende, 43, que, depois de quatro anos, tirou do guarda-roupa uma blusa estampada em amarelo. "A gente acaba entrando no clima, não tem jeito", confessou. O Mundial também inspirou o técnico em eletrônica Tales Moreira Coutinho, de 32, que escolheu uma camisa do Brasil usada na Alemanha, em 2002, para fazer sua caminhada. Para ele, até a última sexta-feira os torcedores ainda estavam reticentes com o time de Dunga, mas depois que a bola rolou nos gramados da África do Sul, o país parece ter entrado definitivamente na onda pelo hexacampeonato. "Agora, sim, estamos vivendo a Copa. Tudo lembra os jogos", observou.

A família do engenheiro Eduardo Magalhães, 54 anos, já não sai mais sem os paramentos oficiais. Até mesmo no momento de se exercitar, estar uniformizado é quase um ritual. No domingo, todos acordaram cedo para caminhar na Avenida Bandeirantes, no Bairro Mangabeiras, e não escondiam a empolgação com a chance de conquista do título. "Nós temos um bom time e não vejo ninguém mais forte do que a gente", comentou Eduardo, ao lado da esposa, Graciele Maria Greiner, 52, e dos filhos Caroline, 19, Bianca, de 11 e Luiz Eduardo, 7, que só não estava mais confiante, porque torcia para ver o atacante Ronaldo, do Corinthians, em campo. "Ele é o melhor de todos", afirmou.

Rodrigo Carazolli, 33, era outro torcedor que apostava alto no selecionado comandado por Dunga. Presente à Praça JK, para um passeio com a esposa e o filho, ficou impressionado com a quantidade de camisas canarinho iguais à dele. "As pessoas estão se mobilizando, e é uma corrente positiva para a nossa vitória. Acho que neste ano a taça é nossa", apostava.    

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