O Facebook anunciou nesta quarta-feira (16) que vai oferecer 25% a mais de ações do que havia previsto para sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), que deve acontecer na próxima sexta-feira (18).
Em uma revisão feita no documento enviado à Comissão da Bolsa de Valores dos EUA (SEC, na sigla em inglês), o Facebook disse que vai oferecer 421,2 milhões de ações classe A, acima dos 337,4 milhões de títulos que havia anunciado anteriormente. O número não inclui mais de 60 milhões de ações adicionais que poderiam ser comercializadas para cobrir o excesso de procura.
Com as ações adicionais, a rede social pode buscar US$ 3 bilhões a mais e elevar o total arrecadado no IPO para até US$ 16 bilhões. Conforme a rede “CNN”, as ações adicionais serão vendidas pelos acionistas, e não pela própria empresa, que vai permanecer com os planos de comercializar 180 milhões de títulos.
O Facebook tem mostrado que a procura de investidores por suas ações é grande. Na terça-feira (15), a rede social elevou a faixa de preço das ações, que agora serão vendidas entre US$ 34 e US$ 38. Antes, em 3 de maio, o Facebook tinha definido o valor entre US$ 28 a US$ 35 por papel.
Depois do IPO, a rede social se tornará a maior empresa de internet a cotar na bolsa desde a estreia do Google, em 2004, que foi avaliado na época em US$ 23 bilhões. Diferentes meios da imprensa publicaram na segunda-feira (14) que o Facebook fixará o preço final na quinta-feira (17) e suas ações começarão a cotar um dia depois no índice Nasdaq sob o símbolo "FB".
Futuros milionários
O quadro de funcionários da rede social subiu de 700, no final de 2008, para mais de 3 mil em 2011. Como a empresa usa ações como forma de remuneração, fontes da agência Reuters disseram em dezembro passado que, mesmo sob uma estimativa conservadora, pode haver mais de 1 mil pessoas destinadas a receber mais de US$ 1 milhão em ganhos quando a empresa abrir seu capital.
Os primeiros funcionários do Facebook, que receberam participações acionárias, e os primeiros investidores do setor de capital de risco receberão as maiores recompensas, afirma a reportagem. Estima-se que Zuckerberg detenha pouco mais de um quinto da companhia, de acordo com David Kirkpatrick, autor de "The Facebook Effect". Mas o dinheiro também beneficiaria engenheiros, vendedores e outros funcionários contratados mais tarde, já que a maioria recebe salários e mais alguma forma de remuneração relacionada a ações.
O Facebook foi fundado em fevereiro de 2004 nos dormitórios dos alunos na Universidade de Harvard por Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro Eduardo Saverin. Já no meio de 2004, a rede social recebeu sua primeira rodada de investimentos, feita por Peter Thiel, no valor de US$ 500 mil. O nome inicial do site era Thefacebook.
Atualmente o Facebook tem sua sede em Menlo Park, na Califórnia, e 3.200 funcionários. Mark Zuckerberg é quem tem mais ações na companhia, com 56,9% (informações prévias ao IPO).