O escritor escreve frases e apaga. O poeta não consegue apontar o lápis. O músico não encontra o melhor tom. O bailarino fica parado e sua mente aponta outras coisas que não sejam passos. O pregador lê a Bíblia e não encontra.
O fotógrafo não acha a iluminação suficiente. O missionário se sente insuficiente. O cristão acha que não tem serventia... Paulo diria que ainda que falasse todas as línguas e dialetos não seria nada sem o amor. Eu, parafraseando Paulo, diria que não seríamos absolutamente nada sem o amor de Cristo.
Hoje pensei em escrever sobre o amor de Deus encarnado em Jesus, pensei nas cenas do filme "Paixão de Cristo", escutei algumas músicas que falavam do assunto e a única coisa que consigo falar sobre isso, querido leitor, é "............", os pontos seriam infinitos. Como falar desse amor sobrenatural? Como se comportar diante dele?
O texto de hoje poderia ter título e uma sequência de pontinhos. Porque nosso vocabulário é tão escasso pra tentar divagar sobre essa paixão paternal. Porque as rimas não são tão belas. Porque nenhum tom exprime a qualidade do amor dele. E os jetés e fouettés não revelam tanto equilíbrio quanto sua forma de amar. As palavras e parábolas se tornam apenas manuscritos, porque a essência se perde. As imagens se desfocam e não copiam suas nuances tão amáveis. E todos nós nos achamos tão, tão pequenos!
Quão grande é esse amor! Quão inferiores nós somos!
Ele nos ama, nos conhece e ainda assim nos ama. Ele sabe de nossas qualidades e defeitos.... Mas o que mais me intriga em seu amor, é sua vontade de nos transformar: qual outro líder nos garantiria amor eterno e principalmente, nos asseguraria que somos capazes de fazer mais do que ele mesmo?
Quero pensar nisso tudo. Vamos falar sobre o amor de Deus?
Por Bruna Vichi