A proteína é umas das mais recentes descobertas no combate a hipertensão. Esta foi a conclusão de um estudo da American Journal of Hypertension que analisou por 11 anos um grupo de participantes que consumiam uma média de 100 gramas de proteína/dia – tanto animal como vegetal – e tiveram uma redução de 40% do risco da doença.
Mas como as proteínas agem no nosso organismo? Com a função reguladora e energética elas ajudam na produção de anticorpos (melhorando o sistema imunológico) e contribuem para as reações metabólicas do corpo. Para Mari Chicarelli, responsável pelo canal no Youtube TV Culinária Saudável, as proteínas também desempenham outro importante papel: “Elas são os nossos tijolinhos, pois são responsáveis em construir e reparar os tecidos do nosso corpo, os músculos, o cabelo, as unhas”.
Um adulto deve consumir em média 15% de proteína diária do total de sua dieta, mas para conseguir um balanço completo da alimentação é necessário acrescentar ao cardápio outros complementos.
Em grandes refeições como almoço e jantar, devemos incluir a proteína (carnes, aves, feijão, peixe, ervilha), os carboidratos (arroz integral, batata doce), os lipídios (variar entre gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas) e as fibras (vegetais folhosos, legumes e frutas). Em pequenas refeições como o café da manhã e o lanche da tarde, incluímos uma proteína magra (peito de peru, queijo branco) acompanhada, por exemplo, de uma fruta.
Outro estudo recente publicado no The Journal of Clinical Hypertension, demonstra que o alho também é um forte aliado na hora de reduzir a pressão arterial porque provoca um aumento da produção do óxido nítrico no organismo, que ajuda a relaxar as artérias.
“O mesmo passa com o chá de hibisco que está sendo estudado nesse quesito, com grandes resultados. Outro componente essencial para diminuir a pressão é o potássio (presente na banana, espinafre, salmão, tomate e abacate), que ajuda a eliminar o sódio”, completa a nutricionista.
A hipertensão já atinge 24,8% da população brasileira segundo o Ministério da Saúde – 26,8% são mulheres e 22,5% homens – e deve ser tratada o quanto antes, a evolução do seu quadro é responsável pelo AVC (Acidente Vascular Cerebral), além de contribuir para o aparecimento de outras doenças cardíacas, cegueira e insuficiência renal.
“Cada caso deve ser estudado, pois muitas proteínas estão ligadas a uma alta concentração lipídica e de sódio, por isso o paciente deve ser acompanhado para aprender a escolher os alimentos ideais”, finaliza Mari Chicarelli.