Três lições da pandemia

Milhares de pessoas estão sendo ceifadas todos os dias, carecendo daquilo que é gratuito e nada custa ao homem, o ar para encher os seus pulmões.

Fonte: Guiame, Hernandes Dias LopesAtualizado: sexta-feira, 5 de junho de 2020 às 18:51
(Foto: Getty)
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O mundo foi abalado pela pandemia do novo coronavírus. Praticamente todas as nações do mundo foram atingidas. O COVID-19 trouxe em sua bagagem um grave problema de saúde pública ao mesmo tempo que provocou um verdadeiro terremoto na economia mundial. A recessão econômica trará em sua esteira desdobramentos medonhos para as nações, gerando milhões de desempregos e convulsão social. As nações estão perplexas. Os homens estão aflitos. Já são mais de 164 mil pessoas ceifadas em todo o mundo (dados de 19/04/2020). A despeito dos esforços conjugados das nações do mundo, ainda não temos uma solução pronta nem eficaz para debelar esse mal. Esse fato, enseja-nos três lições solenes:

Em primeiro lugar, o poder econômico não é capaz de resolver os maiores dramas da humanidade. As principais nações atingidas por essa pandemia até o momento são as nações mais ricas do mundo. Essas nações têm robustos orçamentos e têm usado somas astronômicas para socorrer o seu povo. Inobstante esses alentados investimentos, milhares de pessoas estão sendo ceifadas todos os dias, carecendo daquilo que é gratuito e nada custa ao homem, o ar para encher os seus pulmões. O vírus COVID-19, como um arauto solene, trombeteia aos ouvidos das nações, que o dinheiro, por mais volumoso, não tem solução para sanar todos os males que afligem a humanidade.

Em segundo lugar, o poder científico não é capaz de trazer cura para todas as doenças que afligem a humanidade. Vivemos no período mais fascinante da história. A ciência tem se multiplicado. O avanço científico tem sido notório em todas as áreas. A medicina avançou sobremodo, com descobertas importantíssimas de vacinas, remédios e capacidade diagnóstica. Vivemos na antessala dos milagres da ciência. Cientistas de grande envergadura têm trazido à baila novas técnicas de tratamento e novas intervenções cirúrgicas, que têm dado ao homem maior expectativa de vida e melhor qualidade de vida. Tanto a medicina preventiva quanto a interventiva são evidências incontestáveis dessas conquistas. Porém, a despeito de todos esses avanços, a ciência ainda não é uma luz capaz de iluminar todos os labirintos dessa pandemia que colocou as nações de cócoras. O poder da ciência ainda não tem resposta rápida nem eficaz para o enfrentamento dessa crise.

Em terceiro lugar, o poder político não é capaz de administrar com eficiência essa pandemia que assola as nações. Os líderes mais influentes do mundo, mesmo os presidentes e ministros das nações mais ricas e opulentas do planeta, apesar de reunirem todos os seus esforços e usarem todos os seus recursos, não têm conseguido dar uma resposta eficaz para a vencer essa pandemia. A Organização Mundial de Saúde, mesmo envidando todos os seus esforços, não consegue sanar esse mal nem sequer acalmar os corações aflitos, apontando para uma solução eficaz à vista. Da mesma forma que o dinheiro e a ciência são impotentes, o poder político também o é.

Diante do exposto, fica aqui uma conclusão óbvia: os recursos da terra são colunas frágeis demais para manter a humanidade de pé. Os recursos dos homens são insuficientes para erradicar os males que afligem as nações. É necessário nessa hora reconhecer que precisamos de Deus. Só dele pode vir o nosso socorro. Só ele é o nosso refúgio de geração em geração. É tempo de Brasil e das outras nações voltarem seus olhos para Deus.

Por Hernandes Dias Lopes - pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e diretor executivo da Editora Luz para o Caminho.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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