Abortar é a melhor solução?

Por que o “aborto provocado” não pode ser uma opção para o povo de Deus?

Fonte: Guiame, Magali e Sergio LeotoAtualizado: quinta-feira, 3 de outubro de 2019 às 15:11
(Foto: Reprodução/Fortalecendo a Família)
(Foto: Reprodução/Fortalecendo a Família)

ESCOLHENDO O CAMINHO ERRADO – A filosofia que muitos jovens e adolescentes têm vivenciado em nossos dias é: “tudo o que der prazer eu devo fazer”. Só que esqueceram de avisar a esta juventude, de que TUDO O QUE SE FAZ NA VIDA, TRAZ SUAS CONSEQUÊNCIAS – SEJAM ELAS BOAS OU MÁS! Esta “busca pelo prazer”, tem criado consequências indesejáveis, que se transformam em tormentos e nem de longe compensam os poucos momentos de sedução.

Muitos são os casos onde a gravidez indesejada, acaba resultando em um ABORTO! A garota engravida e conta para o namorado. Este, não quer nem saber de assumir a paternidade ou sequer “pensar” em se casar tão cedo. Aí então, vem a sugestão: “vou pagar um aborto para você!”

O ABORTO tem sido pregado erradamente como a “melhor solução”, para estes problemas. Só que praticá-lo não é coisa tão simples, pois existem problemas MORAIS, LEGAIS, FÍSICOS, EMOCIONAIS e ESPIRITUAIS. Para que você leitor, não tenha nenhuma dúvida de que o ABORTO PROVOCADO NÃO É SOLUÇÃO, mas sim FONTE DE PROBLEMAS, é que resolvemos desenvolver o estudo a seguir.

NÚMEROS ASSUSTADORES – O escritor Ênio Brito Pinto, fornece dados impressionantes, relacionados aos adolescentes no Brasil:

“Por ano são mais de 600 mil partos de adolescentes no Brasil; por ano são feitos algo em torno de 500 mil abortamentos (de adolescentes) no país, todos clandestinos e ilegais, uma vez que nossa legislação os proíbe. Com isso, podemos estimar que 1.100.000 (um milhão e cem mil) adolescentes engravidam por ano no Brasil. Pensando relativamente, a expectativa é de que uma em cada 17 adolescentes engravidem nos próximos meses. Não é de espantar? Como se isso fosse pouco, veja os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS): ‘O Brasil, segundo a OMS, é o país onde mais se pratica aborto (10% dos abortos mundiais), sendo que para cada criança que nasce, duas são abortadas. São 13.090 abortos por dia, 570 por hora, 0,5 por minuto. Como consequência do aborto praticado por parteiras e curiosas, ou por médicos em lugares sem a mínima condição de higiene, são muitos os casos em que a mulher sofre sequelas graves.’ “(Site: cadernodigital.uol.com.br; Set. 2001).

Outros dados alarmantes, são fornecidos pelo site: garotasadolescentes.hpg.com.br; Set. 2001, com os seguintes números sobre ABORTO, envolvendo agora adolescentes e adultos:

- 1 milhão de abortos são feitos clandestinamente por ano no Brasil;

- 300 mil mulheres são internadas com complicações decorrentes de abortos clandestinos;

- 10 mil delas morrem por causa de abortos mal feitos;

- 205 abortos legais foram feitos (em um ano) por hospitais públicos no Brasil, em casos de estupro e risco de vida para a mulher.

FALANDO SOBRE O ABORTO – Vamos tentar estudar o Aborto, analisando alguns pontos importantes como:

a) DEFINIÇÃO: Jocelyn Cardenas, em seu artigo “Aborto Induzido”, define como “a morte do feto dentro do ventre da mãe, produzida durante qualquer momento da etapa de gestação, que vai desde a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide), até o momento prévio do nascimento” (Revista Merc News, ano 7, no. 74). O site cadernodigital.uol.com.br, dá como definição: “o aborto é a eliminação, de maneira natural ou induzida de um ovo ou embrião, antes da 28ª semana de gestação”.

b) ABORTO ESPONTÂNEO ou NATURAL: Ocorre involuntariamente, por acidente, por anormalidades orgânicas da mulher ou por defeito do próprio ovo. Ocorre normalmente nos primeiros dias ou semanas da gravidez, com um sangramento quase igual ao fluxo menstrual, podendo confundir muitas vezes a mulher, sobre o que está realmente acontecendo. (Site: abortobrasil.hpg.ig.com.br). O Pr. Jaime Kemp em seu livro “Turbulentos anos da Adolescência” (Ed. SEPAL), afirma que: “O aborto natural é a interferência de Deus utilizando o corpo da mulher, que rejeita e expele um óvulo defeituoso, malformado. Apesar de também ser muito difícil, até traumático, nesse tipo de aborto, fica a certeza de saber que a própria natureza se encarregou de eliminar, um ser que não teria chances de sobrevivência sadia.” (op. cit. pág.46).

c) ABORTO PROVOCADO ou INDUZIDO: É quando a morte do bebê é estimulada de qualquer maneira: doméstica, química ou cirúrgica. O aborto provocado, é todo aquele que tem como causador um agente externo, que pode ser um profissional ou um “leigo”, que se passa a realizar processos abortivos. O Pr. Jaime Kemp no livro citado, detalha os seguintes métodos abortivos: “Há pelo menos três maneiras, atualmente utilizadas para provocar o aborto: SUCÇÃO – um minúsculo aspirador é colocado no útero, sugando o embrião e matando-o. SOLUÇÃO QUÍMICA – é injetada no útero, matando instantaneamente o embrião. RASPAGEM – raspa-se a vida recém-formada que se instala nas paredes do útero.” (op. cit. pág. 45).

d) O QUE DIZEM AS LEIS NO BRASIL: A legislação condena o Aborto Provocado. Não há punição, somente para o aborto praticado por médico, sendo considerado ABORTO NECESSÁRIO (se não há outro meio de salvar a vida da gestante) e o ABORTO NO CASO DE GRAVIDEZ RESULTANTE DE ESTUPRO (se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante, ou quando incapaz, de seu representante legal). (Site: garotasadolescentes.hpg.com.br).

CONSEQUÊNCIAS DO ABORTO – As pessoas que apresentam o aborto provocado como uma solução, geralmente não falam sobre suas consequências desastrosas. Segundo o site abortobrasil.hpg.ig.com.br, elas acontecerão em diversas áreas como:

a) ÁREA FÍSICA: cada método abortivo utilizado, trará os seus próprios perigos e seus altíssimos riscos físicos (podendo até em alguns casos, ocorrer a morte da mãe). Utilizaremos apenas um exemplo, o método da SUCÇÃO. Vejamos suas complicações e consequências:

- Lesão do colo uterino – provocada pelo uso de dilatadores.

Consequências: entre outras, insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no futuro.

- Perfuração do Útero – pode ocorrer pelo aspirador ou outro aparelho, pois o útero grávido é muito sensível.

Consequências: entre outras, infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade; intervenção para estancar a hemorragia produzida; perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas.

- Infecção uterina secundária, decorrente do aborto: apesar dos antibióticos administrados antes do aborto, há grande incidência de infecções e obstrução de trompas.

Consequências: entre outras, perigo de esterilidade; gravidez ectópica (fora do lugar apropriado), que pode ocasionar a morte da criança e em alguns casos, também a da mãe.

b) ÁREA PSICOLÓGICA: Para a Mãe: Queda da autoestima, pela destruição do próprio filho; Possibilidade de problemas futuros de frigidez sexual; possível aversão ao futuro marido; Sentimento de frustração, quanto ao seu instinto materno; Possibilidades de doenças psicossomáticas, desordens nervosas, insônias, depressões etc. Para os filhos que podem nascer no futuro: Possibilidade de existir um atraso mental, por causa de má formação durante a gravidez, ou nascimento prematuro.

c) ÁREA SOCIAL:

O relacionamento interpessoal, frequentemente fica comprometido, após o aborto provocado.

Por não conseguir perdoar-se pelo que fez, a jovem passa a transferir sua culpa, através de uma atitude defensiva, em seu relacionamento com outras pessoas.

Muitas jovens sofrem discriminação em suas amizades, por terem praticado aborto.

Os familiares, em alguns casos, ao invés de promoverem uma recuperação da pessoa que abortou, promovem mais constrangimento e humilhação.

POR QUE O “ABORTO PROVOCADO” NÃO PODE SER UMA OPÇÃO PARA O POVO DE DEUS? Praticamente todos os escritores cristãos são contrários a este tipo de aborto. Mas Bill Jones em seu livro “Sexo: desejando o melhor” (Ed. JUMOC, pág.174), dá seis razões para não praticá-lo:

VOCÊ ABORTA UMA VIDA: a medicina confirma que a vida começa NA CONCEPÇÃO e não no nascimento. A Bíblia ensina sobre o valor da vida humana AINDA NO VENTRE:

- Gn 25: 21-24: Jacó e Esaú tiveram uma luta no ventre de sua mãe (portanto, já existia vida);

- Sl 22: 9-10: Davi declarou que Deus era seu Deus desde o ventre de sua mãe;

- Jr 1: 4-5: Jeremias foi chamado e vocacionado por Deus, desde o ventre de sua mãe;

- Lc 1: 41-44: João Batista vibrou de alegria no ventre de sua mãe, ao ouvir a saudação da mãe de Jesus;

- Sl 139: 13-16: Deus está envolvido ativamente, na vida de uma criança ainda em formação;

- Ex 20: 13: Praticar um aborto é o mesmo que assassinar um ser humano. Se já houve o erro da gravidez indesejada, matar o bebê seria acrescentar uma tragédia ao erro.

VOCÊ ABORTA A SUA SAÚDE: o aborto geralmente causa uma série de danos aos órgãos reprodutores. Além de prejudicar sua saúde, você perde grande quantidade de sangue, corre o risco de infecções e perfuração do útero. Pode causar problemas para uma futura gravidez, infertilidade etc.

VOCÊ ABORTA SUAS EMOÇÕES: com o passar do tempo, você terá de suportar o peso da culpa, depressão e ansiedade, decorrentes desta escolha. Estes sentimentos não permitirão que você jamais se esqueça do aborto.

VOCÊ ABORTA A RESPONSABILIDADE: Você escolheu fazer sexo e o resultado foi um bebê. Agora você tem a oportunidade de aprender a ser realmente responsável. O aborto é uma fuga desta responsabilidade: através dele você evita passar por uma série de experiências de difícil aprendizado, como por exemplo, aprender a lidar com as consequências de suas ações. Esta é sua oportunidade de crescer. Não perca.

VOCÊ ABORTA O RESPEITO PRÓPRIO: Parece que se você abortar, as pessoas não ficarão sabendo sobre a gravidez e você conseguirá manter seu respeito próprio. Não é bem assim. Respeito é aquilo que as pessoas pensam sobre você, mas RESPEITO PRÓPRIO, é aquilo que você pensa sobre si mesma. Mesmo que ninguém fique sabendo, um aborto destrói seu respeito próprio, fazendo-a sentir-se como uma verdadeira assassina. Mantenha seu respeito próprio.

VOCÊ ABORTA SUA RESPONSABILIDADE SOCIAL: nossa sociedade simplesmente defende o assassinato de bebês e não dá muita importância ao fato. “Muitos pesquisadores da área médica acreditam que o uso rotineiro de tecido fetal (de bebês abortados), é só uma questão de tempo”. Cérebros e fígados de bebês são usados no tratamento de doenças, sem nenhum escrúpulo para com o bebê morto. Com certeza você não quer tomar parte nisso! O ABORTO NÃO É UMA OPÇÃO PARA VOCÊ!

POSSIBILIDADES PARA A GAROTA GRÁVIDA – Já vimos que aborto não é solução. Mas que outras opções podem ser estudadas pela grávida, bem como por seus familiares? Poderíamos destacar:

a) CASAMENTO: “algumas pessoas podem ver o casamento como alternativa, especialmente se o casal tinha um bom relacionamento antes da gravidez e mostra possibilidades para um bom casamento. Se não existirem essas condições, a união terá poucas probabilidades de sucesso” (Gary Collins, “Aconselhamento Cristão”, Ed. Vida Nova, pág. 374).

b) ASSUMIR SOZINHA: ser mãe solteira, não é uma opção fácil. Quando a família acolhe a moça e ao bebê, torna-se um caminho um pouco mais suportável. Existirão limitações pessoais, quanto a estudo, trabalho, desenvolvimento de amizades.

c) ENTREGAR O BEBÊ PARA A ADOÇÃO: muitas vezes, as mães estão completamente sem perspectivas econômicas, que possibilitem manter seu filho. Estão em brigas com suas famílias, pressionadas socialmente e passam a considerar como viável, a entrega do bebê para entidades especializadas em adoção.

A DECISÃO FINAL – A futura mamãe, deve ser acolhida por irmãos em Cristo, sendo ajudada por conselheiros sábios. O momento que ela está vivendo, já é duro demais para suportar “sermões” e lições de moral. Existirá o momento para estas avaliações sobre “por que chegou a este ponto?”. Mas agora o momento é de acolhimento. Em muitos casos, já existe o arrependimento sincero, quanto ao erro do sexo fora do casamento.

Tratemos de ajudar nesta “emergência”, não permitindo sequer que a grávida pense em abortar. Há necessidade de motivação para o recebimento desta nova vida. Após o parto, o que fazer com o bebê? Esta decisão final, caberá à moça (em primeiro lugar) e aos seus familiares. Todos deverão ter aconselhamento pastoral, médico e psicológico, que auxiliem suas decisões.

Seria tão bom, se pudéssemos ser IGREJA DE DEUS, apenas para as horas boas, não é? Para que se envolver com pessoas que não agiram conforme os padrões do Senhor? Mas estes momentos difíceis, fazem parte da vida do Corpo de Cristo. Quando uma pessoa sofre, todas sofrem.  Alguém em sua comunidade está vivendo um momento assim? É hora de ser cristão! É hora de orar! É hora de ajudar!

Por Sergio Leoto (pastor) e Magali Leoto (psicóloga) escritores, palestrantes e trabalham junto às famílias, através do ministério “Fortalecendo a Família”, desde 1990.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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