A saúde mental nunca esteve tanto no centro das atenções como no mundo atual. Isso não é por acaso, afinal, transtornos de ordem emocional estão se multiplicando, sendo a depressão, conhecida como "a doença do século", um dos principais. A boa notícia é que lado a isso temos uma ferramenta de potencial ilimitado, a qual podemos explorar para obter grandes benefícios: a fé!
Fé e saúde mental são coisas inseparáveis, sabia disso? Mesmo para quem diz não professar nenhum tipo de fé, neste caso os ateus, a fé possui um vínculo indissociável com a saúde mental dessas pessoas. Isso porque, ao negar a fé e tudo o que está associado a ela, o descrente também está interagindo e se relacionando com ela, mas em forma de negação.
É por isso que não tem como escapar da relação entre fé e saúde mental, porque mesmo os que não acreditam em Deus estão, na verdade, professando um tipo de crença (o ateísmo) que também impacta em suas condições psicológicas e consequentemente emocionais.
Por outro lado, os que realmente acreditam em Deus, como os cristãos, obtêm na fé uma importante ferramenta em favor da saúde mental. Uma pesquisa recente conduzida pela Christian Research a pedido da Sociedade Bíblica Britânica, por exemplo, apontou que 33% das pessoas que leem a Bíblia ao menos uma vez por mês e frequentam a igreja, notaram melhora emocional durante a pandemia.
Outros 28% disseram que sentiram maior confiança no futuro, e 42% alegaram maior esperança em Deus. O levantamento foi realizado com 1.123 cristãos considerados praticantes.
Esses dados são apenas um pequeno exemplo do quanto a fé impacta na saúde mental, visto que já existem milhares de estudo apontando benefícios semelhantes, inclusive o do auxílio na cura de enfermidades desencadeadas por questões emocionais, também chamadas de doenças psicossomáticas.
Uma vez que sabemos dos benefícios e da relação indissociável entre fé e saúde mental, o que devemos fazer? Como pais e mães, profissionais de saúde e líderes em geral, precisamos incentivar e apoiar toda iniciativa baseada na boa relação do exercício religioso com a vida social.
É por isso que o funcionamento das igrejas durante a pandemia do coronavírus foi e continuará sendo algo essencial. Como psicóloga, fui contra o fechamento dos templos durante esse período, pensando justamente no impacto negativo que a completa restrição das práticas religiosas poderia causar sobre a população. Isto, claro, sem falar das garantias individuais determinadas pela Constituição Federal, entre elas o da liberdade de culto.
Por fim, em outra oportunidade tratarei sobre os benefícios do incentivo da fé sobre o comportamento dos jovens. Desde já, porém, adianto que a prática religiosa é um dos referenciais mais importantes para a saúde mental de crianças e adolescentes. Assim, não espere mais para valorizar isso. Comece hoje mesmo lendo a Bíblia em sua casa na presença dos filhos, ou quem sabe cantando louvores a Deus. São iniciativas simples, mas que farão muita diferença dentro do seu lar.
Por Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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