“OS FILHOS SÃO DO ESTADO”! Poucas pessoas têm conhecimento dessa frase, entretanto ela foi dita pela ex-procuradora federal Dra. Debora Duprat em um debate com o Dr. Miguel Nagib sobre “Escola sem Partido”1.
Nesse dia, ela deixou bem claro que os filhos não pertencem à família, para que assim pudesse defender a “doutrinação nas escolas” sobre todas as ideologias que afrontam a ciência, e o conservadorismo.
Pois bem, passado o fervor do debate, a poeira baixou, os debates foram se acomodando, mas a questão da guarda e da proteção da criança através da família, e a fragmentação da autoridade parental sobre a criança a despeito do Estado já vinha sendo alertados no Congresso Nacional.
Muito timidamente, alguns poucos Congressistas deram importância, até porque, os primeiros indícios dessa ideologia comunista começavam no cerne de uma questão bastante polêmica, ou seja, a destituição do pátrio poder no contexto de divórcio sob a alegação de “alienação parental”.
Nesse sentido, é possível lavar as mãos e não se envolver, sob a alegação de “manipulação” de um cônjuge contra o outro fazendo com que a criança rejeite um ou o outro, e sob este estigma, a melhor solução para contemporizar a questão e tirar definitivamente a criança de um e deixar com o outro através da força coercitiva do Estado, através de buscas e apreensões com aparato policial e oficial de justiça, com permissão de arrombamento.
Ninguém se importava que essa cena coincidia com o que aconteceu com a Alemanha Nazista na II Guerra Mundial, quando todos que iam contra os ideais nazistas tinham suas casas arrombadas, e sua família retirada à força, levadas aos campos de concentração; e o pior, crianças pequenas, ainda na primeira infância, muitas nem desmamadas, eram retiradas e levadas tal qual animal para as celas separadas para crianças. Lá elas tinham que aprender a lidar com a orfandade.
Para os que acham que isso já é um passado muito remoto, em 2015, lemos a seguinte notícia: “Pais perdem guarda dos filhos por serem ‘muito cristãos’”.
A informação que temos na referida reportagem é que “A diretora chamou o ‘Barnevernet’ expressando ‘preocupações’: as meninas contaram-lhe que estavam sendo disciplinadas em casa. Na sua mensagem, ela também disse que os pais são fiéis cristãos, 'muito cristãos', e que a avó tem uma forte convicção de que Deus castiga o pecado, o que, na opinião dela, cria uma inabilidade nas crianças. De acordo com a declaração da diretora, os tios e tias das meninas compartilham da mesma crença. A denúncia também diz que, ainda que as garotas sejam notáveis por seus bons resultados na escola e que a diretora não acredite que elas sejam abusadas fisicamente em casa, ela acha que os pais precisam de 'ajuda' e orientação do ‘Barnevernet’ para criar os seus filhos."2
“Barnevernet”, ao que tudo indica, seria um Conselho Tutelar brasileiro. Com muito custo, depois de uma mobilização social, a família conseguiu restituir os 5 filhos (pois já estavam em uma instituição para adoção), e assim que estavam todos juntos mudaram-se da Noruega para outro país.
Como se não bastasse, outra notícia para deixar-nos preocupados, surgiu em 03/08/2020: “China ameaça retirar guarda de filhos de famílias cristãs”. Nessa notícia, a International Christian Concern (ICC), instituição que defende cristãos de atos de perseguição, já documentou a remoção forçada de crianças pelas autoridades da casa dos membros da igreja Pei Wenju e Jing Jianan. Na ocasião, as autoridades disseram a eles que seus documentos de adoção não eram mais válidos, porque seus filhos estavam “presos por uma religião maligna”.3
E, da mesma forma, com busca e apreensão as crianças estão sendo levadas pelo Estado para serem criadas à “moda comunista”.
Infelizmente, o Brasil está indo pelo mesmo caminho. A pergunta é: Como bons pais podem continuar a perder os filhos para Estado?
No dia 16/12/2020, o STF prolatou uma sentença extremamente perniciosa e que servirá para atender os interesses da agenda comunista em relação aos nossos filhos.
Por 10 x 1, o STF autorizou medidas restritivas a quem não se vacinar contra covid-19, e o pior, segundo os ministros, não se trata de autorizar uma vacinação "forçada", mas sim de prever sanções em lei - como restrições a entrar em determinados locais.4
A matéria continua: “Os ministros também rejeitaram recurso para desobrigar pais de vacinarem os filhos em razão de questões filosóficas, religiosas ou existenciais. O pedido havia sido feito por uma associação de veganos que argumentou que a escolha pela não vacinação "não pode ser considerada negligência", mas sim "excesso de zelo para com o menor", pois consideram o processo de vacinação um "adoecimento artificial.
A partir desse momento, está aberto precedente para que pais da religião “Testemunha de Jeová” aceitem, de forma impositiva, a transfusão de sangue, por exemplo, pois se a vacina é obrigatória, transfusão de sangue também será, pois está se passando por cima das questões religiosas que é uma das colunas da democracia.
Mas digamos que os pais não queiram vacinar por questões filosóficas, por exemplo. Mesmo assim serão coagidos a aceitar. Crianças que não têm carteira de vacinação completa podem não ter o direito de se matricular nas escolas (públicas ou privadas).
Bastam baixar uma portaria na Secretaria da Educação, e pronto, estamos todos no mesmo barco: ou você vacina seu filho, ou ele não poderá mais estudar. Consequentemente, a criança não sendo matriculada os guardiões dessa criança podem responder pelo Crime elencado no Art. 246 do Código Penal, CRIME DE ABANDONO INTECTUAL, cuja pena são 15 dias até 01 ano de detenção e multa.
Pela nossa experiência, as multas são exorbitantes exatamente para forçar os pais a não descumprirem a Lei. A resistência gera expropriação econômica e consequentemente o empobrecimento da população e o enriquecimento do Estado.
Ainda há tempo da SOCIEDADE BRASILEIRA acordar e exigir que leis comunistas no Brasil sejam REVOGADAS através de MEDIDAS PROVISÓRIAS pelo Presidente da República.
Se o STF é o guardião da Constituição Federal e tem colocado a sociedade brasileira em risco, cabe ao Presidente salvar e proteger a SOCIEDADE nos direitos mais comezinhos da democracia: a liberdade de expressão, de religião, de ir e vir e mais, através da Lei Estadual Paulista, conhecida como LEI MARIO COVAS, a população tem o DIREITO DE ESCOLHER se quer o não se VACINAR.5
E VIVA A DEMOCRACIA! QUE ALGUÉM ACORDE PARA DEFENDÊ-LA.
REFERÊNCIAS:
1. (https://br.blastingnews.com/brasil/2017/02/assista-o-video-em-que-a-procuradora-afirma-que-crianca-nao-pertence-a-familia-001496279.html)
2. (https://padrepauloricardo.org/blog/pais-perdem-guarda-dos-filhos-por-serem-muito-cristaos)
3. (https://pleno.news/fe/china-ameaca-retirar-guarda-de-filhos-de-familias-cristas.html)
4. (https://noticias.r7.com/brasil/stf-autoriza-medidas-restritivas-a-quem-nao-se-vacinar-contra-covid-19-17122020)
5. (https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1999/lei-10241-17.03.1999.html
Por Patrícia Regina Alonso, mãe, advogada há 20 anos, teóloga, musicista formada pelo Conservatório Musical Ernesto Nazareth. Foi capelã do Hospital das Clínicas de São Paulo. É membro da ADVEC. Escritora do Livro “Alienação Parental o Lado obscuro da Justiça Brasileira” e colaborou no livro “A invisibilidade de crianças e mulheres vítimas da perversidade da Lei da Alienação Parental”.
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