Pensando nos outros

Uma parte do dinheiro que você ganha deve ser direcionado para ajudar pessoas financeiramente necessitadas.

Fonte: Guiame, Paulo de TarsoAtualizado: quarta-feira, 1 de junho de 2022 às 18:10
Cena do milagre da multiplicação dos pães e peixes. (Captura de tela FB)
Cena do milagre da multiplicação dos pães e peixes. (Captura de tela FB)

Como você deve saber, temos a tendência de sempre pensar em nós mesmos. Não sei se isso acontece com você, mas sempre me vejo pensando em mim e em como melhorar minha condição financeira.

Aí me lembro de que há outras pessoas que têm mais necessidades do que eu. Pessoas necessitadas do meu e do seu apoio financeiro. Você costuma pensar nessas pessoas? Costuma orar por elas? Na verdade, muitas vezes não sabemos quem seriam essas pessoas.

Como estamos percorrendo o livro de Deuteronômio, andei dando uma olhada em algumas coisas que Deus falou por meio de Moisés, e no capítulo 10 Moisés voltou a falar de obediência.

Obedecer é essencial. Não poderia ser de outra forma se quisermos ter uma vida financeira que agrade a Deus. Mas uma passagem que realmente me chamou a atenção foi mais uma afirmativa muito importante de Moisés. Veja: Ele defende os direitos dos órfãos e das viúvas; ele ama os estrangeiros que vivem entre nós e lhes dá comida e roupa (Deuteronômio 10.18).

Você consegue se imaginar sendo órfão? Uma pessoa sem pai nem mãe? Como alguém assim pode sobreviver financeiramente? Você tem ideia?

Pense também numa viúva. Como essa pessoa vive financeiramente? Ela tem família? É sozinha? Você consegue imaginar os detalhes das finanças de pessoas assim?

E alguém que é de outro país? Não conhece bem a nossa língua. Tem imensas dificuldades de adaptação à nossa cultura. Deixou os laços familiares lá no seu país. Você consegue se colocar no lugar dessas pessoas?

Agora veja como Deus nos orienta: Amem esses estrangeiros, pois vocês foram estrangeiros no Egito (Deuteronômio 10.19). Veja como Deus nos faz refletir sobre nossa responsabilidade financeira com relação às pessoas em situações de risco momentâneo ou permanente.

A generosidade é uma área vital de nossa vida financeira. Ela está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento, e não há como agradar a Deus com nossas finanças sem ter um olhar sensível para as necessidades de pessoas financeiramente debilitadas.

Aí surge esta questão: dar o peixe ou ensinar a pescar? Minha recomendação: faça tudo que estiver ao seu alcance. Num primeiro momento, dê o peixe, ou seja, dê o alimento, a roupa ou até mesmo o dinheiro para as necessidades emergenciais.

Depois, vá mais fundo, procurando saber como ajudar essa pessoa a voltar a ter autonomia financeira — esse é o grande alvo. Levar a pessoa a andar com suas próprias pernas.

Conclusão: Uma parte do dinheiro que você ganha deve ser direcionado para ajudar pessoas financeiramente necessitadas. Você não pode resolver o problema da pobreza do mundo, mas certamente pode ajudar a minimizá-lo. Como? Ajudando as pessoas que o Senhor vai direcionar para você e sua família.

Leio o artigo anterior: Gratidão: Tudo começa em Deus

Paulo de Tarso é pastor, engenheiro e mestre em teologia. Fundou o Ministério Finanças para a Vida, que ensina pessoas de todas as idades a administrar o dinheiro de acordo com a Bíblia (paulodetarso@financasparaavida.com.br).

*O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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