A frase “ninguém é dono da verdade” é ao mesmo tempo verdadeira e perigosa. Ela apresenta um viés moderno, o da relativização das verdades, ou seja, uma crença de que não existem verdades absolutas. Eis o perigo. Mas ela tem um sentido também bom, o do conselho, que nos exorta a não cedermos ao orgulho, à arrogância fatal que nos faz achar que sempre temos razão em tudo que falamos ou acreditamos.
O livro de Provérbios da Bíblia tem muitos outros conselhos, que são mais do que regras, para sermos pessoas melhores. Quem segue um conselho não adota uma regra, uma ideologia para impressionar os outros, mostrando falsa compaixão, como fariseus. Quem segue um conselho procura ser justo, virtuoso, e tende a ser bom, a ter uma vida boa, não idolatra uma regra de comportamento, ama uma vida regrada em Cristo, cujo fardo a ser seguido é leve porque carregado com amor. Quem segue um conselho de Cristo limpa o seu próprio interior e vive bem com os outros. Perfeição não existe. O único perfeito, em carne e osso, já se foi. Agora temos apenas que imitá-lo.
Um dos mais importantes conselhos de Provérbios é não sermos maus falantes, tagarelas, papagaios, e sermos bons ouvintes. Eu poderia parafrasear um ditado aqui adaptado: quem fala por último fala melhor. Já repararam como parece que o quieto que fala por último sempre tem razão? Exagero, mas a frase tem algum sentido na prática.
A mídia, principalmente a anticristã, materialista, tenta ganhar espaço em nossas mentes e em nossos corações. A disputa é acirrada. Querem o poder, nem que seja para apenas ter razão. Ela fala sempre em primeiro lugar e por último, não deixa ninguém falar, é um monólogo. Puro narcisismo, para não falar engano.
Quem está por trás dessa mídia pretensiosa, interessada em tudo menos nos fatos?
Ora, a propagação de inverdades é uma porta aberta e bem larga para a apostasia da fé, para a vinda do Anticristo.
Já notaram, nesse nosso mundo do compartilhamento mundial de informações, como está sendo cada vez mais difícil acreditar no que dizem os jornalistas?
Temos que escolher a dedo o que ler nos jornais. É a porta larga dos dedinhos ligeiros, que escorregam na tela do celular para dar conta de ler todas as manchetes, e apenas elas, em fração de segundo. Eu tenho os meus jornais e minhas mídias escolhidas a dedo e acredito neles todos. Querem uma dica? Não sou dono da verdade, mas me adicionem no privado. Não serão enganados.
Como descobrir quem é essa mídia maledicente? Uma pista seria aquela que não defende princípios e valores cristãos. Outra pista, aquela que repete o noticiário apenas por repetir, desprezando a verdade, a realidade, como lisonja ao consórcio de um jornalismo repetitivo, cansativo, que papagueia o que falam os consorciados.
Por Sergio Renato de Mello, defensor público de Santa Catarina, colunista do Jornal da Cidade Online e Instituto Burke Conservador, autor de obras jurídicas, cristão membro da Igreja Universal do Reino de Deus.
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