Sergio Renato de Mello, defensor público de Santa Catarina, colunista do Jornal da Cidade Online e Instituto Burke Conservador, autor de obras jurídicas, cristão membro da Igreja Universal do Reino de Deus.
Não estou fazendo campanha eleitoral nem defendendo candidato ou partido político. Conheço as proibições de um defensor público, entre elas a de não exercer atividade político-partidária. Minha intenção é apenas literária e defender a liberdade e a verdade.
Religião tem tudo a ver com política, e quem diz o contrário faz pouco caso da guerra espiritual e política. Já pensaram que o silêncio dos bons dá chance para os maus? Bom, o exército de Cristo somente pode ser formado por “gideões” que não se ajoelham no lago para matar a sede. O preguiçoso se cansa até de levar comida até a boca (Provérbios 26). Deus ri e caçoa de autoridades e pessoas que se julgam acima de todo o saber divino. Tem o Salmo, que diz: “Estabeleci o meu rei em Sião, meu santo nome” (2.6).
Sobre a importância da política e da religião na história, trago exemplos que ajudaram a formar nossa mentalidade e nossa cultura de hoje.
Nosso saudoso Sócrates da antiguidade, acusado de ateísmo e de sedução de jovens, foi condenado à morte. Queria apenas pensar e filosofar sobre questões morais. Nicolau Copérnico disse que o Sol é que girava em torno da terra, contrariando a velha imagem de Deus e do homem como centro do universo. Seu livro foi tido como revolucionário e cancelado, censurado. Ambos foram condenados por suas ideias e influência que elas tinham. O poder e a autoridade da época os condenaram. Uma má interpretação das intenções boas.
Uma política antiga, já excluída, dizia que o governo divino era um direito, pois Deus enviava seus governantes. Apesar disso, ainda hoje existe a crença de que as autoridades terrenas são estabelecidas por Deus. Novamente aquele Salmo: “Estabeleci o meu rei em Sião, meu santo nome” (2.6).
Então, me reporto a Bolsonaro quando ele disse que só Deus o tira do governo.
De um lado, Bolsonaro tem razão. Seus adversários, que o chamam de fascista pelo que ele simplesmente fala, não admitem que nem tudo que sai da boca do atual presidente é besteira, grosseria, desinteligência, agressividade. Sim, ele é politicamente incorreto.
Então, ainda que exista uma conspiração geral antibolsonarista, incluindo intelectuais, jornalistas, instituições, o establishment e o esquerdismo em geral, a saída do atual presidente só será possível com a permissão e a vontade de Deus, pois Deus é quem está no comando.
O rei Saul, primeiro de Israel, foi desobediente e teve suas consequencias. Davi, o segundo, é considerado até hoje o maior de todos os reis de Israel. Salomão ficou famoso por sua sabedoria, Provérbios é a prova. Por fim, Roboão, filho de Salomão, não ouviu o conselho dos anciãos de seu pai, achando melhor levar em conta o conselho dos jovens amigos seus, o povo sofreu por causa disso.
Se o povo escolhe um rei infiel para o seu governo não pode lamentar depois por sua má escolha.
O mundo não é como um relógio de corda, em que Deus fabrica o relógio, dá corda nele e ele trabalha sozinho. O mundo não é contingência cega, acontecimentos aleatórios, um conglomerado complexo de coisas materiais, como pensam mentes científicas e da política anticristã.
Bolsonaro continuará no governo ou sairá dele dependendo dele mesmo e também da obediência do povo à vontade de Deus.
Deus não é alheio, o mero relojoeiro, como disse, mas é um justo juiz, ou seja, age conforme a santidade ou o pecado no mundo. O governo sábio fica, o injusto é lançado fora. Sempre foi assim e assim sempre será, pois a palavra de Deus é eterna, e Deus o eterno, imutável, absoluto e justo.
Até outubro, mês das eleições presidenciais, pode acontecer muita coisa. Não sabemos o que o futuro nos reserva, então o que nos resta é esperança e fé para continuarmos lutando sem ficarmos de joelhos e distraídos bebendo água.
Por Sergio Renato de Mello, defensor público de Santa Catarina, colunista do Jornal da Cidade Online e Instituto Burke Conservador, autor de obras jurídicas, cristão membro da Igreja Universal do Reino de Deus.
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