Com a proximidade do mês do Ramadã e preocupadas com a segurança, as autoridades israelenses decidiram impor restrições ao acesso dos muçulmanos ao complexo do Monte do Templo e à Mesquita de Al-Aqsa.
O Ramadã – a partir do início da noite 10 de março até o início da noite de 8 de abril – é o mês considerado mais sagrado para quem segue o islã, quando todos os seus seguidores devem jejuar.
A decisão, baseada nas recomendações do ministro da Segurança Nacional Ben Gvir, foi tomada apesar da oposição do ministro da Defesa Yoav Gallant, do Shin Bet e do exército.
As restrições incluem um número limitado de pessoas permitidas a entrar no local, com uma classificação adicional com base na faixa etária.
Embora os detalhes sobre a autorização para a entrada de palestinos de Jerusalém Oriental ainda estejam pendentes, a implementação das medidas de segurança propostas por Itamar Ben Gvir, que permitiriam a intervenção das forças de segurança em resposta a comportamentos provocativos, foi descartada.
Conforme o plano atual, apenas os peregrinos muçulmanos com mais de 60 anos e que tenham autorização emitida pelo Shin Bet terão acesso ao Monte do Templo.
No entanto, as agências de inteligência de Israel manifestaram reservas, temendo que as restrições pudessem agravar as tensões e alimentar a retórica do Hamas sobre as intenções de Israel de tomar o local e negar o acesso aos muçulmanos.
O deputado árabe do partido Ra'am, Walid Al-Huashla, expressou seu descontentamento com a decisão, classificando-a como perigosa e racista.
Ele alertou para eventuais consequências das medidas, acusando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ceder aos provocadores e intensificar as tensões em Jerusalém.