Enquanto o governo do Irã faz ameaças geopolíticas e nucleares e ocupa as manchetes do mundo, o povo está descontente e continua nas ruas protestando.
Nesta semana, o país fez uma demonstração de força aos EUA. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, visitou outros países sancionados como Cuba, Nicarágua e Venezuela, assinando acordos econômicos e enfatizando a unidade.
“Há muita coisa que o governo acha que foi queimada e silenciada. Mas há fogo sob as cinzas”, diz a missionária Lana Silk, da organização Transform Iran, ao o Mission Network News.
Os manifestantes voltaram às ruas em pelo menos dez cidades, incluindo a cidade natal de Mahsa Amini — a jovem que morreu após ser espancada por policiais pelo simples motivo de estar usando o véu islâmico de forma inadequada.
Amini se tornou o “rosto dos protestos antigovernamentais”, mas as autoridades querem abafar o motivo de sua morte para reprimir o movimento de protesto.
‘Haverá uma janela de oportunidade’
Para a missionária, há muito mais ainda por vir: “Quando o próximo vento vier e soprar tudo de novo, essas faíscas vão envolver toda aquela região. O próximo catalisador pode ser a economia iraniana em crise”.
“Ou ainda a morte do líder supremo aiatolá Ali Khamenei. O líder de 84 anos ainda não definiu um sucessor. A batalha pelo controle após a morte de Khamenei será intensa”, continuou.
“Mas, quaisquer que sejam os ventos da mudança, existe um senso de urgência agora para garantir que estamos preparados e focados, porque haverá uma janela de oportunidade para alcançar o povo do Irã”, disse Lana sobre a chance de pregar o Evangelho aos muçulmanos.
“A incerteza geralmente leva as pessoas à verdade e ao significado. É melhor termos certeza de que a verdade do Evangelho está na frente e no centro quando essas portas se abrirem”, concluiu.