Mesmo depois das execuções de manifestantes contra o governo islâmico do Irã, não há indícios de que a agitação nas ruas vá parar tão cedo.
“Há muita raiva. Os jovens estão com raiva e querem sair, gritar e protestar”, diz Nazanin Baghstani do Heart4Iran, um ministério de evangelização que atua no país.
Nazanin explica que, cruelmente, o Irã tem como alvo o Ocidente e tem usado a morte de prisioneiros políticos como moeda de troca, ou seja, se o Ocidente não retirar as sanções ao país, os líderes vão continuar matando pessoas inocentes.
Por exemplo, há dois dias que Alireza Akbari, um cidadão britânico-iraniano, foi condenado à morte por espionagem para o Reino Unido. O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que sua execução foi um “ato insensível e covarde, realizado por um regime bárbaro”, de acordo com a BBC News.
Movimento significativo
O Irã vem sendo acusado, inclusive pelas Nações Unidas, de “armar” os enforcamentos daqueles que foram condenados à pena de morte. Mas os cidadãos iranianos estão cientes das manobras do governo.
Sobre o atual movimento de protestos e declarações de pessoas indignadas, Nazanin classifica como “o movimento mais significativo” que já houve no país, para ameaçar o regime do Irã desde 2019.
Conhecido como “novembro sangrento”, a polícia matou 1.500 manifestantes antigovernamentais, em novembro de 2019, conforme lembrou o evangelista.
“Em comparação com esse levante, os protestos de hoje têm chance de sucesso”, afirmou ainda.
‘As pessoas estão unidas pela liberdade’
Nesses protestos, conforme destacou Nazanin, “as pessoas estão unidas e todos querem a mesma coisa”.
“Eles não querem reforma. Eles querem que o regime entre em colapso e lhes dê liberdade total”, disse ainda.
“Medo e raiva são dois lados da mesma moeda no Irã. O governo invade as casas e tortura as pessoas. E com isso, o medo está paralisando alguns. E o medo é uma coisa horrível”, considerou.
O evangelista contou que existe um call center da Heart4Iran que oferece a esperança e a paz de Cristo. “Quando eles ligam, damos força a eles; nós os encorajamos”, concluiu.
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