O que está acontecendo no Irã já foi descrito como uma “situação desesperadora”. Em meio aos protestos antigoverno, que ocorrem desde setembro, mais de 300 pessoas já foram mortas pelas forças de segurança, incluindo dezenas de crianças.
Além disso, cerca de 15 mil pessoas já foram presas e, na tentativa de calar o povo iraniano com severidade, o parlamento votou a favor da pena de morte para os manifestantes, conforme o Newsweek.
“O parlamento iraniano votou, de forma esmagadora a favor da pena de morte para os manifestantes”, escreveu o jornalista Thomas Kika ao mencionar que das 290 cadeiras, 227 votaram a favor da ação.
Protestos no Irã. (Foto: Captura de tela/Vídeo Euronews)
Razão das manifestações
O Irã tem experimentado níveis sem precedentes de protestos e agitação civil desde a morte de Mahsa Amini, em 16 de setembro. A jovem de 22 anos foi espancada por policiais por não usar o hijab (véu islâmico) adequadamente.
Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. Os parentes relatam que a polícia espancou Amini na prisão, junto com dezenas de outras mulheres, mas as autoridades iranianas negaram a acusação.
Esse crime despertou a ira na população que já vive debaixo do regime ditador. Os protestos em grande escala tomaram o país, o que chamou a atenção da comunidade internacional.
‘O mundo deve parar este ato de terror’
Os legisladores iranianos pediram punições severas para os manifestantes que foram presos, como a pena de morte, dizendo que seria “uma boa lição no menor tempo possível”.
De acordo com a Reuters, o porta-voz do governo iraniano, Masoud Setayeshi disse: “Agora, o público, mesmo os manifestantes que não apoiam os tumultos, exigem do judiciário e das instituições de segurança que lidem com as ‘poucas pessoas’ que causaram distúrbios de maneira firme, dissuasiva e legal”.
E foi o que o parlamento fez ao votar a favor da pena de morte — “lição para os rebeldes”. Não está claro quando as execuções serão realizadas, mas a tarefa será potencialmente significativa, ainda conforme o Newsweek.
Várias figuras proeminentes no Irã estão pedindo uma resposta de governos estrangeiros. “Eles querem executar manifestantes inocentes por gritarem ‘Mulher, Vida e Liberdade’. O mundo deve parar este ato de terror”, twittou a jornalista e ativista Masih Alinejad.
Protestos no Irã. (Foto: Captura de tela/Vídeo Euronews)
‘Precisamos orar contra a opressão espiritual’
“O que está por trás de uma estratégia tão brutal?”, questionou Denise Godwin, do International Media Ministries (IMM).
“A ameaça para eles é uma ameaça ao poder e à religião. Eles vêem isso como uma ameaça ao modo de vida. Mas acho que o que vemos quando olhamos de fora são pessoas que estão prontas para a liberdade e a escolha”, ela destacou.
Ela explica também que os protestos cresceram a partir da morte de Amini e estão concentrados especialmente na liberdade para as mulheres.
“Eles cuidadosamente evitaram falar muito sobre religião. Mas parte disso está sob a superfície. Conversamos com um ministério que está trabalhando no local e suas pesquisas e relatórios mostram que apenas 35% das pessoas ainda se sentem conectadas ao Islã”, revelou.
“O cenário mundial poderia realmente pressionar esse regime para não matar essas 15 mil pessoas?”, disse ao pedir a todos que orem para que os iranianos encontrem esperança em Jesus.
“Precisamos orar contra a opressão espiritual que está ocorrendo quando a maioria do governo vota para matar os manifestantes”, ela conclui.
Protestos no Irã. (Foto: Captura de tela/Vídeo Euronews)
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