Um comitê criado pelo governo egípcio aprovou a legalização de 127 igrejas que estavam operando em condições ilegais, devido às restrições impostas pelo país à liberdade religiosa concedida aos cristãos.
Uma lei, aprovada em 2016, foi criada para acelerar o processo de legalização, com milhares de igrejas sendo construídas sem permissão e operando com medo de represálias do governo.
Antes da aprovação da lei, era difícil obter a aprovação do estado para a instalação de igrejas no Egito, por isso as congregações corriam riscos de serem processadas.
De acordo com a International Christian Concern, desde que a lei foi aprovada, cerca de 1.021 receberam permissão do comitê para existir de acordo com a nova legislação egípcia.
Embora o comitê ainda tenha muitas igrejas para legalizar, este é um começo promissor para um país em que a perseguição a cristãos coptas apresenta altos níveis de violência há décadas.
Em novembro de 2018, pelo menos sete pessoas foram mortas em um ataque a um ônibus de cristãos coptas que voltavam de um monastério em Minia, no Egito.
De acordo com o Persecution Watchdog, os cristãos do país ainda enfrentam a perseguição diária de grupos dentro da população de maioria islâmica, bem como os maus-tratos do próprio governo.
Segundo a Lista da Perseguição da Portas Abertas, o Egito está classificado como 16º país onde os cristãos enfrentam os mais altos níveis de perseguição.
A cultura islâmica “alimenta a discriminação e cria um ambiente que faz com que o Estado relute em respeitar e fazer valer os direitos fundamentais dos cristãos”, explica a Portas Abertas em sua página de fatos sobre o Egito.