EUA negocia liberdade de pastor que pode ser condenado à ‘prisão perpétua’ na Turquia

O pastor americano Andrew Brunson está detido há mais de um ano na Turquia por acusações de terrorismo.

Fonte: Guiame, com informações de The Wall Street JournalAtualizado: sexta-feira, 6 de abril de 2018 às 16:20
Pastor Andrew Brunson está preso na Turquia sob falsas acusações de terrorismo. (Foto: American Center for Law and Justice)
Pastor Andrew Brunson está preso na Turquia sob falsas acusações de terrorismo. (Foto: American Center for Law and Justice)

O governo dos Estados Unidos está intensificando os esforços para garantir a libertação do pastor americano Andrew Brunson, detido há mais de um ano na Turquia por acusações de terrorismo.

A administração de Donald Trump tem trabalhado para remover as tensões nas relações entre Ancara e Washington, antes da primeira audiência do julgamento do pastor neste mês.

O pastor poderá enfrentar 35 anos de prisão ou até mesmo prisão perpétua após ser acusado de ajudar organizações terroristas e converter os turcos ao cristianismo.

Nas últimas semanas, o governo Trump trabalhou para o adiamento de uma medida que impede as autoridades turcas ligadas à detenção de Brunson de entrarem nos EUA. Trump também negociou o destino do pastor diretamente com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em uma ligação, de acordo com autoridades americanas.

A forma como os EUA vem estreitando os laços com a Turquia, no entanto, tem sido questionada por partidários que acreditam que o governo deveria tomar uma posição mais dura. “Embora os turcos tenha quase 100% de experiência em responder com varas, nós ainda os alimentamos com cenouras”, disse um assessor do Senado familiarizado com o caso.

Brunson, de 50 anos, nasceu na Carolina do Norte e passou mais de duas décadas administrando um pequeno ministério presbiteriano na Turquia antes de ser detido em outubro de 2016.

A Turquia deteve Brunson sem acusações até o mês passado, quando promotores entraram com uma acusação de 62 páginas que o indiciou por espionagem e conversão de muçulmanos.

O senador Thom Tillis, que visitou Brunson na prisão na semana passada, disse que os EUA estão tentando equilibrar seus esforços para melhorar as relações com a Turquia com a tentativa de garantir a liberdade do pastor.

“Eu o consideraria um prisioneiro político”, disse Tillis na terça-feira (3). “O que estamos tentando fazer é encontrar um equilíbrio com um país no qual queremos manter boas relações e uma acusação que está realmente além do limite”.

Jay Sekulow, conselho-chefe do Centro Americano de Direito e Justiça, que levantou o caso de Brunson na Casa Branca, chamou as acusações de “absurdas” e afirmou que a Turquia está processando Brunson por causa de sua fé cristã.

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