Uma jornalista cristã foi presa em frente aos filhos na segunda-feira (3), na Inglaterra, após criticar a ideologia de gênero no Twitter.
Caroline Farrow, mãe de cinco filhos e esposa de um vigário, estava fazendo o jantar para a família no condado de Surrey, quando dois policiais bateram na porta para detê-la e levá-la à delegacia para ser interrogada.
Segundo Caroline, ela perguntou se os policiais tinham um mandado de prisão e eles responderam: “Não precisamos de um”.
As fotos postadas pela jornalista no Twitter, mostram que um dos oficiais colocou a mão na porta para impedi-la de fechar.
Farrow foi levada para o lado de fora da casa e revistada. Em seguida, foi conduzida até a delegacia e interrogada.
“Em um minuto eu estava fazendo o jantar para meus filhos e no próximo estavam checando minhas meias para ver se havia drogas. Que desperdício absoluto de tempo da polícia”, contou Caroline, ao canal de TV Britain’s News Channel, na terça-feira (4).
“Então me mostraram outro material que a polícia estava me acusando de enviar. Nenhum deles foi obra minha”.
Acusações falsas
Caroline foi acusada de compartilhar anonimamente postagens maliciosas e de assediar usuários em fóruns do site Kiwi Farms, em junho.
A jornalista cristã negou todas as acusações e assegurou que no momento em que as postagens foram feitas ela estava tocando órgão na missa da Igreja dos Santos Anjos, em Aldersho.
Os policiais também confiscaram dispositivos eletrônicos da família de Caroline, incluindo alguns do escritório paroquial do seu esposo.
Farrow foi liberada após a interrogação e permanece sob investigação. Um porta-voz da polícia de Surrey informou que as autoridades estão investigando para provar ou refutar as acusações contra a jornalista.
“É assustador que a polícia possa acreditar na palavra de alguém e simplesmente vir e prendê-lo. Tudo o que eles poderiam dizer é 'temos uma alegação que precisa ser investigada’”, observou Caroline.
Perseguida por suas convicções cristãs
Para a jornalista, que também é ativista pró-família e pró-vida na organização católica CitizenGo, sua prisão faz parte da perseguição que vem sofrendo por suas opiniões contra ideologias progresitas.
“Fui presa pelo que foi uma discussão no Twitter sobre questões de gênero”, ressaltou ela.
Em 2019, Caroline foi investigada pela polícia por usar o pronome errado para se referir a uma menina transgênero e criticar a mudança de sexo em crianças, em sua conta no Twitter.
Certa vez, a jornalista afirmou que sua vida havia sido “invadida e dominada por ativistas trans insanos”. Caroline chegou a ser defendida publicamente pela autora de Harry Potter, JK Rowling.