O mexicano recém formado em Psicologia, Christian Cortez Pérez, que corria o risco de perder sua licença profissional bem no começo da carreira, por ter defendido convicções morais, proclamou sua vitória.
A Universidade Autônoma da Baixa Califórnia (UABC) decidiu contra a petição e declarou que as reivindicações apresentadas por professores para sancioná-lo eram “infundadas”.
“Estou muito feliz que a Universidade tenha reconhecido que não cometi nenhum erro ao exercer meus direitos de liberdade de expressão, para falar sobre questões de profunda preocupação moral, durante a formatura”, disse ao ADF International.
Respeito à liberdade de expressão
O que aconteceu comigo mostra o quão perigoso é quando professores ‘com agendas’ tentam punir alunos que discordam. As instituições acadêmicas devem respeitar os direitos de liberdade de expressão de todos os alunos, e isso é uma grande vitória para as liberdades fundamentais”, afirmou Christian em resposta à decisão.
Na formatura, que aconteceu no dia 27 de junho, Pérez foi duramente criticado pelos professores por seu discurso em defesa da família tradicional. Ele chegou a ser vaiado quando rejeitou a ideologia radical de gênero.
“Hoje estamos mergulhados em uma verdadeira luta antropológica para redefinir o ser humano, a pessoa humana, o homem, através da implementação de ideologias e modas de pensamento que sempre acabam por minar a dignidade e a liberdade”, disse na ocasião.
“As pessoas não sabem o que estão fazendo, porque não sabem o que estão desfazendo”, disse ao observar que “atacar a vida e a família é se autodestruir, é um ataque à própria civilização”.
Cultura do cancelamento
No dia 21 de setembro, ficou decidido pelo Conselho Universitário que “são improcedentes os argumentos apresentados, bem como as sanções solicitadas, razão pela qual é negado provimento ao recurso interposto”.
“Esta decisão deixa claro que o ataque vingativo a Christian por seus professores era infundado. Embora seja muito lamentável que Christian tenha que passar por essa provação completamente inadequada, isso é um sinal claro para todos de que os alunos têm o direito de expressar suas opiniões em uma universidade pública”, explica o advogado de defesa Carlos Ramirez.
“A liberdade de expressão é fundamental para o florescimento da vida intelectual dentro e fora da faculdade”, disse ainda.
“Por conta de violações generalizadas, os órgãos internacionais repetidamente pediram ao México que corrigisse sua posição sobre a liberdade de expressão”, disse Kristina Hjelkrem, consultora jurídica da ADF International.
Ela esteve apoiando o caso e observou o seguinte: “A cultura do cancelamento e os esforços para puni-lo violam o direito humano fundamental à liberdade de expressão consagrado no direito internacional. Todos os que se preocupam com a proteção da liberdade de expressão devem ficar atentos”, concluiu.
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