A missionária e a filha, sequestradas por uma gangue no Haiti, foram libertadas após 13 dias de cativeiro.
De acordo com a missão El Roi Haiti, Alix Dorsainvil e a filha foram libertas ilesas pelos sequestradores, na terça-feira (8).
"Não poderíamos estar mais gratos pela segurança de nossa querida irmã, amiga e funcionária. Alix é uma mulher notavelmente resiliente cuja caminhada com Deus guia seu profundo amor por sua família e seu compromisso apaixonado com o povo haitiano", afirmou a missão, em comunicado.
O ministério relatou que a Concilium, uma empresa cristã de segurança global, ajudou o Departamento de Estado dos EUA e autoridades policiais na libertação da enfermeira.
“Ao longo dessa provação, Deus demonstrou sua bondade amorosa por meio de parceiros e recursos do setor público e privado que nos ajudaram. Concilium Inc., um ministério de segurança global, forneceu consultores de crise cuja orientação crítica e apoio nos guiaram a cada passo através do processo de recuperação", revelou a El Roi.
Alix Dorsainvil e a filha foram raptadas por homens armados no dia 27 de julho, enquanto a enfermeira trabalhava na clínica de sua missão, próximo à capital Porto Príncipe. A gangue pediu um resgate de 1 milhão de dólares.
Protestos pela libertação
A enfermeira americana serve no Haiti desde 2010 e é esposa do fundador da missão, Sandro Dorsainvil.
A missão ainda revelou que os haitianos realizaram um protesto pela libertação de Alix e sua filha, por valorizarem o trabalho missionário que a enfermeira desempenha na comunidade.
"O impacto de Sandro e Alix na comunidade se refletiu na resposta do povo ao sequestro de Alix, quando milhares de haitianos uniram suas vozes e arriscaram suas vidas para marchar pela libertação. Queremos agradecer pela coragem que demonstraram em meio a seus próprios desafios", disse a El Roi.
Sequestros de missionários
Os sequestros por grupos armados se tornou um problema grave no Haiti e missionários estrangeiros e líderes locais se tornaram alvos dos raptores.
“Segundo dados da ONU, 873 pessoas foram sequestradas neste ano. O sequestro se tornou um comércio muito lucrativo para esses grupos, como um meio para continuar sua atuação no país”, explicou o missionário Marcos Germano, em entrevista anterior ao Guiame.
E acrescentou: “Muitos missionários já foram sequestrados, com a gangue pedindo 1 milhão de dólares pelo resgate. Há sempre um risco não só para os missionários estrangeiros, mas também para os nativos que trabalham para uma missão estrangeira”.