POPULAÇÃO: 6 milhões
CRISTÃOS: 68 mil
RELIGIÃO: Islamismo, cristianismo
GOVERNO: República presidencialista
LÍDER: Gurbanguly Berdimuhammedow
POSIÇÃO: 23º na Lista Mundial da Perseguição
O atual Turcomenistão que fica na Ásia Central encontra-se em territórios que foram caminhos usados por civilizações durante séculos. Na Idade Média, por exemplo, era uma das grandes cidades do mundo islâmico e um importante ponto de parada na Rota da Seda, uma imenssa rota para o comércio com a China até meados do século 15.
Depois de ter sido anexado ao Império Russo [1881], tornou-se uma república constituinte da União Soviética [1924]. E com a dissolução da URSS, finalmente tornou-se independente em 1991.
Mas o Turcomenistão não é um lugar tranquilo para quem quer seguir a Cristo, na verdade, é um país de muita hostilidade. A perseguição aos cristãos por lá se baseia na paranoia ditatorial e na opressão islâmica. Partidos políticos, oficiais do governo e líderes religiosos não cristãos podem ser muito severos com a igreja no país.
O governo turcomeno impõe muitas restrições aos trabalhos evangelísticos. A menos que as igrejas sejam registradas, os cristãos são altamente suscetíveis a batidas policiais, ameaças, prisões e multas. Mesmo igrejas apostólicas russas ortodoxas e armênias podem ter seus cultos dominicais monitorados. A impressão ou importação de materiais cristãos também é restrita.
Trauma pós-perseguição
"A vida ainda é difícil para Umid. Ele não está curado depois do período de prisão. Ele ainda tem pesadelos e está com medo. O fato de o governo o observar quando viaja dentro do país também não ajuda. Umid te medo de que o governo o prenda novamente se ele cometer algum erro", disse Yousef [nomes fictícios por questões de segurança], parente de Umid, um cristão perseguido que passou três anos na prisão por causa da fé.
Mulheres turcomenas que decidem seguir Jesus também podem ter seus traumas. Se a mulher é de origem muçulmana e decide se converter ao cristianismo, estará contra as expectativas da sociedade. Elas ficam expostas a espancamentos, prisão domiciliar, abuso verbal, ameaças, deserção e rejeição. Elas também podem enfrentar sequestro, estupro e assédio sexual.
Os líderes da igreja são totalmente monitorados. Os governantes agem dessa forma para garantir que os púlpitos não sejam assumidos por pessoas com visões radicais ou “extremistas”. Além dos muros da igreja, os muçulmanos obstruem as atividades comerciais de cristãos ex-muçulmanos e protestantes [que são considerados uma “seita”], forçando muitos empresários cristãos a manter a fé em segredo.
Homens cristãos ex-muçulmanos podem enfrentar assédio e intimidação de famílias e comunidades, o que pode levar à detenção domiciliar, deserção, vergonha e espancamentos. O serviço militar é obrigatório e a objeção por motivos de consciência não é permitida.