Arqueologia já evidenciou diversos relatos bíblicos, diz Rodrigo Silva

No programa Pânico, Rodrigo Silva falou sobre arqueologia bíblica, existência de Deus, ceticismo e fé.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: quarta-feira, 20 de abril de 2022 às 14:15
Rodrigo Silva em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan. (Captura de tela YouTube Pânico)
Rodrigo Silva em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan. (Captura de tela YouTube Pânico)

O arqueólogo Rodrigo Silva participou do programa Pânico da Jovem Pan, na tarde desta terça-feira (19), onde respondeu aos mais variados questionamentos sobre as histórias bíblicas sob a luz da arqueologia e da fé. “A arqueologia não prova a Bíblia, mas consegue verificar a procedência histórica daquilo que a Bíblia diz”, explicou.

Sendo uma ciência, Rodrigo esclareceu que a arqueologia bíblica, assim como as demais, trabalha com fragmentos da história. “A pergunta não é se eu tenho fragmento de história para cada relato da Bíblia. A pergunta é: o pouco que encontrei confirma as histórias que a Bíblia diz ou as desmente?”, disse.

Nessa linha, Rodrigo deixou alguns exemplos. Ele explicou que até o século 19, por volta do ano 1860, diziam que Babilônia era um mito. Segundo o arqueólogo, foram os tabletes cuneiformes da Mesopotâmia que possibilitaram a quebra dessa ideia. Neles havia o nome de Nabucodonosor, o rei mencionado pela Bíblia. Em 1899, descobriram que de fato a Babilônia existiu.

Essa descoberta se tornou fundamental para atestar a veracidade de que os judeus haviam sido levados cativos para a Babilônia, conforme o Antigo Testamento relata.

Atual Iraque, a Babilônia é citada em passagens dos dois Testamentos, incluindo o livro de Apocalipse.

Mar Vermelho

Rodrigo citou ainda comprovações “indiretas sobre o Êxodo”. Ele explicou que na parede do túmulo do faraó da época da saída dos hebreus do Egito há inscrições que remetem à abertura do Mar Vermelho.

“Há uma amduat, a oração que os egípcios faziam, dizendo que a sua alma e a sua carne morreram na grande inundação”, contou Rodrigo.

Sobre os questionamentos se há como provar a existência de Deus, esclareceu que “a fé pede provas sim”, caso contrário se torna crendice – e “ser crédulo não é ser crente”.

“A fé admite provas, a fé admite perguntas e enquanto se está nos questionamentos, não está no mundo oposto ao da fé”, declarou.

O Deus verdadeiro

Rodrigo explicou que só o Deus da Bíblia pode ser o verdadeiro. “O questionamento do agnóstico é: por que que tem que o ser o Deus da Bíblia e não qualquer um?”.

Ele disse que são necessárias perguntas filosóficas para confrontar essa questão:

“Existe um vazio com a forma de Deus no coração da humanidade. Isso é peremptório. Aquele que preencher esse vazio, é Deus!”, disse.

Professor de Teologia, Rodrigo disse que ao se fazer um estudo de todas as propostas de divindades existentes, todas as formas de religião que têm – politeístas, animistas – apresentam deus como fruto do Universo, fenômenos da natureza.

“A única proposta que apresenta um Deus antes da natureza é a Bíblia”, afirma.

Questionado sobre “deus” ser uma inteligência maior, inclusive um extraterrestre, Rodrigo rebate: “Poderia ser, desde que conseguisse cumprir todos os critérios para ser Deus, porque senão [essa ‘inteligência’] teria que ser criada por alguém”.

Rodrigo também refutou teorias como a do multiverso e apontou que as guerras atuais, como da Ucrânia, doenças como a Covid-19 e outros acontecimentos não estão relacionados ao fim dos tempos iminente. “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim”, diz, citando Mateus 24:5,6.

Deus é o princípio ativo da criação

Rodrigo trouxe a defesa da existência de Deus também sob a luz da ciência. “Quando você usa o método científico, você tem que fazer a diferença entre hipótese e especulação”, diz.

“Partindo de um princípio básico, o Universo teve um começo. ... A física conseguiu provar que o tempo, a matéria, a energia tiveram um começo”, argumentou. “Todo sistema lógico, sua lógica deve estar fora dele”, disse o arqueólogo, dando como exemplo um aparelho celular, que sem o sistema que opera fora dele, não serve para nada.

“Se o Universo é um sistema fechado, a lógica dele tem que estar fora dele. Essa lógica tem que ser aquela que o produziu. E para produzir o Universo, essa lógica não pode ser presa à matéria, porque é antes da matéria, não pode ser presa ao tempo, porque é antes dele, não pode ser presa à energia porque é antes da energia”, explicou.

“Mas é um princípio cósmico que tem que ter inteligência, propósito, razão e vontade. O único ser que equivale a isso é mostrado pela Bíblia, um Deus onipresente, onisciente e onipotente, acima de tudo e de todos”, declarou. Ele disse ainda que, além de existir, Deus se revela.

Autor do livro “O ceticismo da fé”, Rodrigo disse que às vezes é preciso duvidar para crer. Ele contou que foi levado à fé pelo ceticismo. “É baseado na ciência que acredito que vida só provém de vida”, disse, “e se a vida como a conhecemos está num estado de energia, matéria e tempo, ela tem que ter vindo de outra vida”.

Segundo Rodrigo, essa conclusão não é da Bíblia ou outro argumento relacionado à fé, mas é da ciência. “Estou sendo científico quando digo que tenho que ter uma causa para o universo”, diz, rebatendo teorias do surgimento do Universo e da vida, como o Big Bang.

Museu de arqueologia Bíblica

Recentemente, o Guiame fez a cobertura exclusiva da inauguração do início da construção do Museu de Arqueologia Bíblica, primeiro da América Latina, cuja sede será na cidade de General Coelho, interior paulista.

Encabeçado por Rodrigo Silva, o MAB abrirá suas portas para que estudiosos e pesquisadores de todo o mundo possam analisar evidências e refletir sobre as mais variadas descobertas que comprovam a veracidade das Escrituras Sagradas.

O museu pretende contar a história da humanidade conforme a Bíblia, o que inclui também a apresentação da cultura do antigo Oriente Médio. A previsão para a conclusão das obras do MAB é para o primeiro semestre de 2023 e a entrada será gratuita.

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