Antes de perder o rumo na vida, Lee Yih conta que nasceu com grandes ambições de ser rico - um grande contraste com o fato de ter crescido como filho de um estupro em uma casa com apenas um dos pais. Por ser asiático, ele se sentia um pária entre os colegas brancos em Mount Joy, Iowa, nos EUA.
“Eu odiava ser chinês. Eu disse a minha mãe que queria ser branco. Na cidade onde cresci, não havia outros chineses e eu queria muito me encaixar. Basicamente, eu não tinha identidade", lembra.
Sua mãe se irritou com sua rejeição que o filho tinha pela cultura asiática e o enviou para Taiwan para aprender chinês quando ele tinha 15 anos.
“Meus problemas pioraram porque em Iowa onde eu me sentia muito chinês e estrangeiro e não me encaixava, agora não me encaixava mesmo por estar na China e ser muito americano”, conta.
Contando seu testemunho em um vídeo do “I Am Second”, Lee diz que a rejeição que sentia o fez aceitar o convite de um amigo para ir a um acampamento cristão. “Fui atraído para um acampamento juvenil batista”, lembra ele.
No acampamento, ele ouviu falar de Jesus e, sentindo-se solitário e não amado, abriu seu coração para Ele entrar. Lee conta que ao voltar para a América se esqueceu de Jesus. Na faculdade, acabou entrando para uma fraternidade na UCLA.
Quando alguns de seus colegas aceitaram Jesus por meio do ministério de Hal Lindsey, o restante dos jovens zombou deles. Lee conta que fingiu que não conhecia Jesus e se juntou ao bando de zombadores.
Vida sem sentido
No Exército americano, Lee foi servir em Giessen, Alemanha Ocidental, uma das fronteiras mais sensíveis da Guerra Fria. Toda a situação vivida nas trincheiras fez Lee perceber que sua vida não tinha sentido, o que o fez entrar nas drogas.
“Todos os caras da Alemanha voltaram do Vietnã”, lembra ele. “Aqui eles estão falando sobre matar gooks (o termo depreciativo usado para soldados norte-vietnamitas). E estou olhando no espelho e dizendo: 'Espere um minuto. Eu acho que sou um gook para esses caras'", lembra.
Nesse conflito, Lee começou uma família e pouco tempo depois sua esposa, Miltinnie, ameaçou deixá-lo.
“Eu estava no ponto mais baixo da minha vida”, lembra ele.
Mas antes que ela pudesse se divorciar dele, o casal foi convidado para jantar com os amigos June e David Otis. “Eles queriam apenas compartilhar suas vidas conosco durante o jantar”, diz Lee.
Tudo mudou
Lee conta que sentiu o amor palpavelmente. E sua esposa perguntou o que havia de diferente neles.
“Temos um relacionamento pessoal com Jesus Cristo”, disse o casal de que começou a explicar o Evangelho. Lee conta que sua esposa foi a primeira a se entregar a Jesus. Depois disso, ela tratou Lee de maneira diferente nunca mais eles brigaram.
A partir dessa mudança, Lee decidiu se entregar também a Jesus, o que aconteceu em um café no centro da cidade. “Eu simplesmente capitulei”, diz ele. “Havia muito amor na sala e eu simplesmente senti o amor de Deus. Foi tão forte que simplesmente me tocou. Eles dizem que você aceita Jesus, mas isso é uma piada para mim”, Lee brinca. "Eu pedi a Ele para me aceitar."
Lee conta que com a cabeça erguida, as coisas mudaram em sua vida. Ele ganhou a medalha de elogio do Exército por seu trabalho nas relações raciais. De volta aos Estados Unidos, ele se juntou ao Morgan Stanley, Lehman Brothers e Goldman Sachs e triunfou, alcançando além de seus sonhos a riqueza que ansiava como um jovem.
Depois de conseguir o dinheiro, o dinheiro não o interessava mais.
“Temos que preencher esse vazio, esse vazio moldado por Deus”, diz ele. “Você não pode simplesmente ser feliz com o materialismo. Isso não te satisfaz."
Anos depois, quando Hong Kong voltou à jurisdição da China continental, ele e Miltinnie se mudaram para lá e trabalharam por 17 anos com os cristãos, que temiam uma repressão do regime comunista ateu.
Hoje, Lee lidera uma campanha para estudantes chineses nas universidades da Ivy League, chamada Layman’s Foundation.