Em 26 de junho é celebrado o “Dia de Apoio às Vítimas de Tortura”, como forma de unir os cristãos em oração pelos cristãos perseguidos que sofrem maus tratos, conforme divulgou a Portas Abertas.
A organização pediu orações, em especial, a três cristãos iranianos que estão presos por causa de sua fé em Cristo. A sentença deles foi motivada pela participação em igrejas domésticas.
No Irã, as autoridades discriminam as atividades cristãs e as classificam como “ameaça nacional”. Como forma de punição aos que não seguem as leis islâmicas impostas no país, eles executam prisões e sentenças severas.
Cristãos sentenciados por organizar igreja doméstica
O pastor armênio-iraniano, Joseph Shabazian, foi sentenciado a 10 anos de prisão no dia 7 de junho. Além dele, duas cristãs, Mina Khajavi, de 59 anos, e Maline Nazari, de 48 anos, devem cumprir 6 anos de prisão por liderar igrejas domésticas.
O pastor Joseph, de 58 anos, já está cumprindo uma pena de 2 anos em exílio no Sul do Irã. Depois desses 2 anos será encarcerado. Ele também deverá se apresentar anualmente às autoridades iranianas depois que for solto para “supervisão”.
Outros quatro cristãos — Salar Eshraghi, Farhad Khazaee, Sonya Sadegh e Masoumeh Ghasemi — foram sentenciados entre um e quatro anos de prisão por serem membros de igrejas domésticas no Irã.
Violações de direitos humanos
O governo iraniano não reconhece a perseguição e as prisões arbitrárias que promove. Um representante do governo disse recentemente em entrevista que o Irã “respeita a liberdade de expressão e culto”.
“Não processamos ninguém apenas por convicções e crenças ou por pertencer a um grupo em particular”, disse o representante apesar do relatório da ONU e denúncias de violações de direitos humanos mostrarem o contrário.
O juiz Iman Afshari, chefe do 26º setor da Corte Iraniana, se tornou conhecido pelas sentenças duras contra cristãos. Ele decretou recentemente 10 anos de prisão para outro cristão, Anooshavan Avedian, logo depois de sentenciar Fariba Dalir a 2 anos de prisão.
O juiz sabia das ações sociais dos cristãos entregando alimentos durante o período mais intenso da pandemia por Covid-19, ajudando irmãos na fé e pessoas de outras religiões também. Ainda assim, ignorou tudo isso e os condenou por “perturbar a ordem nacional”.
Infelizmente, esse cenário de injustiça contra os cristãos tem sido uma realidade brutal em dezenas de países do mundo, onde os seguidores de Jesus são humilhados pela sociedade, rejeitados pelo governo, presos, torturados e até mortos por causa de sua fé.