“A igreja não está aberta à manifestação de milagres como deveria”, diz ex-ateu

Lee Strobel era cético em relação ao sobrenatural de Deus, mas foi tocado após conhecer casos que não são explicados pela medicina.

Fonte: Guiame, com informações do Charisma NewsAtualizado: quinta-feira, 24 de janeiro de 2019 às 14:40
O autor Lee Strobel teve sua história contada no filme Em Defesa de Cristo. (Foto: Universidade Batista de Dallas)
O autor Lee Strobel teve sua história contada no filme Em Defesa de Cristo. (Foto: Universidade Batista de Dallas)

O autor Lee Strobel, um ex-ateu que teve sua história contada no filme “Em Defesa de Cristo”, acredita a Igreja precisa estar aberta à manifestação do Espírito Santo para ver mais milagres.

Embora tenha sido cético a respeito do sobrenatural de Deus mesmo após sua conversão ao cristianismo, sua perspectiva mudou depois que passou a fazer pesquisas sobre casos que não podem ser explicados pela medicina. Os resultados de seu estudo estão no livro The Case for Miracles (“O Caso dos Milagres”, em tradução livre).

“Infelizmente, a Igreja muitas vezes não está aberta aos milagres da forma que deveria. Eu falo da perspectiva dos evangélicos da linha tradicional e histórica”, disse Strobel à Charisma News. “Eu não venho de um contexto pentecostal, mas eu acho que a tradição evangélica em geral precisa estar mais aberta à obra do Espírito Santo”.

No entanto, Strobel mostra que os protestantes não são os únicos que podem ficar surpresos — pentecostais podem ficar chocados com o número de milagres que acontecem em ambientes não carismáticos.

“Deus está fazendo coisas incríveis em todo o mundo, e Ele não está se limitado a nenhuma cultura, contexto ou tensão do cristianismo”, disse Mark Mittelberg, apologista que colaborou com Strobel nos últimos 30 anos. “Essas coisas não estão acontecendo apenas em círculos pentecostais. Elas estão acontecendo com pessoas de todas as origens denominacionais e parecem estar aumentando”.

Barreiras da fé

Em regiões mais desenvolvidas, onde as pessoas têm fácil acesso à tecnologia e saúde, Strobel observa que os cristãos são mais fechados ao sobrenatural. Já em lugares como a África, onde as pessoas não têm estrutura, os crentes confiam sua cura inteiramente no poder de Deus.

“Os milagres precipitam a vinda do Reino”, destaca Strobel. “Nas regiões em que o Evangelho está se manifestando, Deus usa as curas divinas para validar Sua mensagem. Mas isso não significa que Ele parou de trabalhar em nossos bairros”.

Strobel acredita que os cristãos devem aprender a ser mais sensíveis ao sobrenatural. “Às vezes eu acho que tememos o Espírito Santo. Nós tememos o que Ele poderia fazer, que poderia ser convincente ou desconfortável, em vez de convidá-Lo em Sua plenitude para participar de nossas vidas e igrejas”.

Quando milagres não acontecem

Onde Deus está? Essa é a pergunta feita por muitas pessoas que se deparam com graves doenças, mas não enxergam sinais de esperança. Strobel observa que o maior risco nesta situação é de achar que “sabemos melhor do que Deus”.

O autor também analisa que ver outros receberem um milagre pode “amargurar” o coração daqueles que não foram curados. Por essa razão, ele alerta os cristãos a não transformarem a cura em um ídolo, pois “Deus não nos deve milagres”.

“A cura nunca foi automática. O perigo vem quando nós fazemos da cura um ídolo. Nós não assumimos isso, mas nossa atitude é: ‘Deus, eu vou te amar se você fizer o que eu quero’. Isso nos coloca na posição de ser Deus, porque estamos ordenando algo a Deus, e estamos colocando um ídolo no caminho. Eu acho mais saudável fazer a oração de renúncia que Jesus fez no jardim do Getsêmani: 'Pai, se for possível, afasta de mim esse cálice. Mas se não, eu quero que a Sua vontade seja feita’”, finalizou.

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