“O álcool consumido hoje é drasticamente mais potente do que o vinho dos tempos bíblicos”, disse o pastor Robby Gallaty, da Long Hollow Church, no Tennessee (EUA), para aqueles que se escondem no vício argumentando que os primeiros cristãos bebiam ou que Jesus transformou água em vinho.
Recentemente, ele falou em púlpito sobre os cristãos que consomem álcool e na epidemia que se tornou o alcoolismo, principalmente depois da pandemia.
Gallaty revelou que foi um alcoólatra e que está sóbrio há 20 anos: “Você não pode estar cheio do Espírito e bêbado ao mesmo tempo”.
‘Vivam de maneira sábia e prudente’
Para defender seu ponto de vista, Gallaty fez referência ao trabalho de Charles Quarles, professor pesquisador do Novo Testamento e Teologia Bíblica no Southeastern Baptist Theological Seminary, que estudou a composição do álcool no primeiro século.
“Um estudo cuidadoso da Mishná e dos Talmuds [textos judaicos] mostra que a taxa de diluição normal entre os judeus era de três partes de água para uma parte de vinho”, escreveu Quarles.
O pastor explica que essa era provavelmente a taxa de diluição comumente aceita entre os judeus do Novo Testamento também. “Essa taxa de diluição reduz o teor alcoólico do vinho”, explicou.
O pastor também teve o cuidado de observar que o consumo de álcool não é, por si só, um pecado, mas alertou os fiéis sobre a linha entre o que é sábio e imprudente é tênue quando se trata de beber e que é preciso considerar o que a Bíblia diz sobre “não se embriagar com vinho, mas ser cheio do Espírito”.
‘Precisamos de Jesus’
O pastor alertou aos ouvintes para que “tenham cuidado com a maneira como vivem” e que “prestem muita atenção às coisas em sua vida que podem fazer com que você se desvie”.
Ao finalizar, Gallaty considera que a maioria das pessoas que bebe tem o propósito expresso de ficar bêbado: “As pessoas não bebem porque gostam de beber, elas bebem para mudar. A maioria bebe para se embriagar”.
Depois confessou que ele mesmo usou o álcool para “afogar” seus problemas. “Para alguns de vocês, beber se tornou um mecanismo de enfrentamento em sua vida para esquecer seus problemas momentaneamente, infelizmente, apenas para acordar mais tarde e descobrir que eles ainda estão lá”, continuou.
“É mais fácil aliviar a dor do presente com álcool porque parece mais simples. Mas o problema é que eles surgirão mais tarde na vida”, enfatizou.
Gallaty explica que teve que passar pela reabilitação duas vezes porque tentou a princípio encontrar a sobriedade e a integridade sem Cristo: “É por isso que digo às pessoas que a sobriedade sem Jesus é sempre um beco sem saída”, concluiu.