O pastor Joel Engel ministrou nesta semana sobre um dos períodos mais importantes do calendário bíblico: os dez dias entre Rosh Hashanah (Ano Novo judaico) e Yom Kippur (Dia da Expiação).
Conhecidos como os “10 dias de julgamento” ou “dias temíveis”, esse intervalo é, segundo Engel, um tempo em que os céus se abrem e os destinos são escritos diante do trono de Deus.
“Não é o julgamento final de Mateus 25, quando Jesus separará os bodes das ovelhas. Esse é um julgamento anual, em que Deus decide se alguém vai prosperar, fracassar, viver ou morrer no próximo ano”, explicou o pastor.
Ele citou Levítico 16, quando Deus estabeleceu que, no sétimo mês e no décimo dia, o sumo sacerdote faria expiação pelos pecados de Israel. “A Bíblia diz: ‘E isto vos será por estatuto perpétuo’. Não é algo que ficou no passado, mas um princípio eterno de Deus”, afirmou Engel.
Engel destacou ainda que durante esse período, três livros são abertos nos céus: o “Livro da Vida”, onde estão os justos; o “Livro dos Ímpios”, para os que rejeitam a Deus; e o “Livro Intermediário”, para aqueles que ainda não decidiram seu caminho.
“É nesses dias que Deus define se a pessoa vai viver ou morrer, se vai subir ou descer, se vai ser honrada ou humilhada. Por isso os judeus chamam esse período de Yamim Noraim, dias temíveis. Tudo é decretado diante de Deus”, disse.
O calendário de Deus e os tempos proféticos
Engel ressaltou que, diferente do calendário gregoriano, o calendário bíblico foi estabelecido pelo próprio Deus. “Ele criou o sol, a lua e as estrelas para marcar épocas e estações. Esses tempos são chamados de moedim, ou seja, tempos determinados por Deus. São datas específicas em que Ele visita a Terra.”
Segundo o pastor, os sábios que foram ao encontro de Jesus no nascimento já conheciam esses sinais. “Eles estudavam as estrelas e sabiam que o Salvador iria nascer. Abraão também lia os céus. Deus deixou um calendário perfeito para marcar as visitas divinas.”
O pastor também ensinou sobre o significado de Rosh Hashanah, em 2025 começa a ser celebrado em 22 de setembro. “É o primeiro dia do ano no calendário de Deus, o dia em que Ele criou o homem. É o aniversário do mundo. Nesse dia, Deus dá oportunidade a cada pessoa para decidir quem será o governante da sua vida.”
E acrescentou: “É chamado o dia da coroação, porque é quando coroamos Deus como Rei. Ele se senta no trono e pergunta: ‘Você me aceita como seu Governador, ou quer continuar governando sua própria vida?’”.
Trazendo essa perspectiva para o cristianismo, Engel alertou: “Se você tem Jesus apenas como Salvador, Ele te livra da condenação eterna, mas a sua vida pode continuar sem frutos, sem mudanças. Agora, se você tem Jesus como Senhor, então você obedece, anda no caminho d’Ele, escreve história, transforma gerações.”
A preparação para o grande dia
Engel explicou que o mês que antecede Rosh Hashanah, chamado Elul, é um tempo de preparação. “É como um período de retrospectiva. Você passeia com Deus, conversa com Ele, revisa sua vida, acerta as áreas que precisam de arrependimento. Tudo para estar pronto no dia da expiação.”
Ele lembrou que, por tradição, o povo de Israel veste branco nesse período. “Simboliza pureza, estar limpo diante de Deus. Não é invenção de pai de santo, é princípio bíblico. É um sinal de que você quer estar preparado para o grande dia.”
Segundo ele, Yom Kippur é o “dia D” do calendário espiritual. “É o dia mais importante do ano, quando Deus sela aquilo que foi escrito no Livro da Vida. Por isso precisamos estar diante Dele em jejum, oração e arrependimento.”
O pastor encerrou sua ministração com uma convocação aos cristãos: “Nesses dez dias, ore, jejue, clame! Porque quando a Igreja se levanta, a história de uma nação muda.”
Veja a pregação completa: