Pastor ensina a usar os Salmos como manual de oração: “Davi movia o céu”

Joel Engel Júnior explica “o segredo do livro dos Salmos” e ensina como apresentar causas diante de Deus.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: sexta-feira, 28 de novembro de 2025 às 17:04
(Foto ilustrativa: Worshae/Unsplash)
(Foto ilustrativa: Worshae/Unsplash)

Durante o culto desta terça-feira (25), Joel Engel Júnior, filho do pastor Joel Engel, ministrou sobre “o segredo do livro dos Salmos” e como esse livro bíblico funciona como um manual de oração para todos os momentos da vida. 

“O livro dos Salmos tem a capacidade de ser o ‘despertador’ da alma, de aumentar sua fé e sua confiança em Deus”, afirmou. “Tem guerra e paz, alegria e tristeza, luto e júbilo, gratidão e lamentação, sucesso e fracasso. É um livro de gente real vivendo coisas reais.”

Segundo Engel Júnior, para entender o livro dos Salmos, é preciso observar o estilo de vida e o modo de orar de Davi.

Para isso, ele mencionou a prática judaica de invocar o Zehut — uma expressão em hebraico que significa “mérito”, ou seja, lembrar diante de Deus as atitudes de obediência, fé e fidelidade que a pessoa já teve com Ele.

“Davi fazia isso com muito jeito, com carinho, como alguém que se aproxima de um Rei, de um Juiz e de um Pai ao mesmo tempo”, explicou.

Ele reforçou que invocar mérito não é exigir de Deus, nem achar que Ele “deve algo” ao ser humano: “Ninguém pode chegar diante de Deus como quem tem crédito no banco. Deus não precisa fazer nada. Ele é o Criador e nós somos totalmente dependentes dele.”

Como eram as orações dos salmistas?

Engel Júnior então apresentou vários trechos bíblicos para mostrar como os salmistas começavam suas orações:

- Salmo 18: “Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha.”

- Salmo 26: “Tenho andado na minha integridade. Tenho confiado em ti sem vacilar.”

- Salmo 63: “O meu coração te busca, porque tua benignidade é melhor do que a vida.”

- Salmo 40: “Deleito-me em fazer tua vontade.”

- Salmo 17: “Provaste o meu coração. Ando nos teus caminhos.”

- Salmo 7: “Julga-me segundo a integridade que há em mim.”

- Salmo 119: “Quão amorosa é tua lei. Nela medito dia e noite.”

E explicou: “Eles sabiam expressar amor a Deus. Davi amava com o coração, mas também com palavras. Isso pesa no mundo espiritual.”

Depois de exaltar a Deus e lembrar os méritos, os salmistas passavam para outra etapa da oração: mostravam o problema. Engel Júnior disse que eles descreviam com sinceridade o que os inimigos faziam, colocando tudo diante de Deus com clareza, mas sem agressividade.

- Salmo 5: “Os insensatos não permanecerão à tua vista. Destrói-os, ó Deus. Conduz-me na tua justiça por causa dos meus inimigos.”

- Salmo 59: “Eles armam ciladas contra mim. Desperta para me ajudar.”

- Salmo 35: “Sejam confundidos os que buscam a minha vida. Sejam como a palha diante do vento.”

- Salmo 140: “Livra-me do homem mau. Eles afiaram a língua como a serpente.”

- Salmo 64: “Eles armam palavras amargas como flechas, mas Deus os ferirá.”

“Davi sabia pesar palavras. E isso movia o céu”, disse o pregador.

Derrame o coração em suas orações 

Ao falar sobre o Pai Nosso, Engel Júnior explicou que, no hebraico, a palavra usada para “oração” também significa “serviço”. Ou seja, orar não é só pedir coisas — é servir a Deus. Por isso, ele disse: “Uma oração eficaz é pedir algo que Deus já quer te entregar.”

E incentivou: “Coloque tudo na mesa. Com temor, humildade e reverência. Fale tudo para Deus — até as coisas que você teria vontade de ‘fofocar’ para os outros.”

O pregador ainda lembrou que a oração não existe porque Deus precisa ser informado — afinal, Ele é onisciente — mas porque o mundo espiritual precisa ouvir.

“Anjos, demônios, acusadores e toda a criação precisam ouvir o que você diz diante de Deus. Cada palavra vira testemunha na corte celestial.”

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