Uma nova tradução oficial da Bíblia para o dinamarquês desperta admiração entre as pessoas religiosas. A Sociedade Bíblica da Dinamarca, responsável pela tradução, eliminou a palavra “Israel” do Novo Testamento — que na nova edição é chamado de “O Novo Acordo”.
Cerca de 60 referências à terra de Israel foram removidas da nova tradução da “Bíblia 2020”. Em todas as passagens bíblicas, a palavra Israel é substituída por “judeus”, “a terra dos judeus” ou não é substituída por um termo alternativo.
A Secretária-Geral da Sociedade Bíblica da Dinamarca, Birgitte Stoklund Larsen, alega no site da organização que a palavra Israel foi reescrita para que a Bíblia possa ser compreendida por pessoas que não possuem conhecimento bíblico.
Larsen também defende a mudança afirmando que Israel “nos textos bíblicos tem uma variedade de significados”.
“O Novo Acordo foi publicado pela primeira vez em 2007 e foi levemente revisado até o lançamento da Bíblia 2020. Muitos ficaram satisfeitos pelos tradutores terem optado por parafrasear Israel com, por exemplo, o ‘povo judeu’, ‘os judeus’ ou simplesmente ‘povo’, para evitar um mal-entendido óbvio com o estado moderno de Israel”, alega.
Em um vídeo publicado no YouTube, o dinamarquês Jan Frost faz uma crítica aberta sobre a mudança na nova Bíblia. Ele relata a explicação dos tradutores da nova edição, que alegaram que Israel nos tempos bíblicos não é a mesma Israel atual.
Os tradutores, no entanto, não aplicaram a mesma lógica ao mencionar a terra do Egito. A palavra Egito permanece inalterada na nova edição da Bíblia, observa Frost.
Nas redes sociais, vários usuários estão criticando a mudança de um elemento tão central do Novo Testamento. Na maioria dos comentários, há uma suspeita generalizada de que Israel tenha sido removido pela Sociedade Bíblica por razões políticas.