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Os cristãos se aprofundam na Bíblia quando se interessam por Israel, diz rabino

O rabino Pesach Wolicki acredita que a relação entre cristianismo e judaísmo pode aprofundar a fé cristã.

Fonte: Guiame, com informações do Breaking Israel NewsAtualizado: quinta-feira, 18 de outubro de 2018 às 20:04
Rabino diz que os cristãos se aprofundam na Bíblia quando se interessam por Israel. (Foto: Shutterstock)
Rabino diz que os cristãos se aprofundam na Bíblia quando se interessam por Israel. (Foto: Shutterstock)

O aumento de cristãos que têm despertado interesse em Israel e no povo judeu se deve à visão mais ampla sobre as duas religiões, de acordo com o rabino Pesach Wolicki, diretor do Centro de Compreensão e Cooperação Judaico-Cristão (CJCUC, na sigla em inglês).

Em entrevista ao site Breaking Israel News, o rabino avalia que muitos cristãos mudam sua visão sobre Israel quando têm um entendimento mais profundo sobre o cristianismo.

“Para ser um sionista cristão, para se tornar um apoiador de Israel e ver o povo judeu de uma forma positiva, eles têm que ver o cristianismo de maneira diferente. Depois disso, eles vêem autenticidade no judaísmo e no ensino judaico. Tudo vem na mudança da relação entre o judaísmo e o cristianismo”, afirmou.

Wolicki acredita que quando os cristãos se interessam em aprender mais sobre Israel e o povo judeu, “eles pensam sobre o próprio cristianismo de maneira diferente”.

Embora o estabelecimento do Estado de Israel em 1948 tenha sido um marco nas relações judaicas-cristãs, Wolicki observa que o interesse cristão na Terra Santa retrata o cristianismo da Igreja Primitiva.

“Os cristãos sionistas não tinham nenhum contato com os judeus no início dos anos 1980, e a comunidade judaica os manteve à distância de um braço. Não havia interesse no aprendizado judaico. Isso é algo novo, há uma interação respeitosa”, disse o rabino. “A jornada é inicialmente teológica para um cristão. A teologia produz uma postura política”.

Wolicki destaca que os cristãos “começam a ler a Bíblia de maneira diferente e começam a prestar atenção na Bíblia Hebraica” quando olham para Israel. “A rejeição da teologia da substituição faz com que um cristão releia certas passagens do Novo Testamento e veja os judeus de forma diferente”.

Quando Wolicki se dirige aos cristãos, sua intenção não é falar sobre as relações judaico-cristãs, mas envolvê-los na Bíblia. “Quando ensino as Escrituras, compartilho os significados judaicos que vêm do hebraico. Tenho uma certa autoridade e autenticidade, porque sou rabino e judeu, e venho de uma comunidade que preservou esse material em sua língua original”.

“Os cristãos amam Israel e louvam a Deus pelo que Ele fez pelo povo judeu. Eles definem o Estado de Israel da mesma maneira que eu, como um sionista religioso. A tão esperada reunião dos exilados está acontecendo e é um acontecimento de importância bíblica e profética”, acrescenta o rabino.

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