De acordo com o Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (Memri, na sigla em inglês), uma publicação foi feita através de um servidor operado pelo grupo terrorista Al-Qaeda, incitando muçulmanos em todo o mundo para que “matem judeus, americanos e britânicos”.
“Quem vai sarar as feridas do islã?”, questiona o texto no cartaz após fazer o apelo para que a Jihad (guerra santa, no islã) aconteça em breve.
Até o momento, segundo o instituto, as mensagens se espalharam por Gaza, Europa e Sudão.
‘Matar infieis aproxima muçulmanos de Alá’
O cartaz conclui: “Apressem-se, ó filhos do islã, pois o assunto é sério e grave. Como podem viver em paz enquanto o sangue muçulmano é derramado em cada extensão de terra? O islã não alcançará alívio e nem a vitória sem a Jihad. Você só será humilhado e degradado se abandonar a espada da verdade”.
Para os muçulmanos radicais, matar judeus, americanos e britânicos aproxima os muçulmanos de Alá. Eles garantem que a guerra em Gaza será seguida por “batalhas decisivas previstas pelo profeta Maomé”.
No dia 19 de março, um muçulmano identificado como Al-Ghafiqi publicou um cartaz em árabe com o seguinte título: “Implementar o Mandamento e Cumprir o Compromisso”, ou seja, executar aqueles a quem chamam de inimigos e infieis.
Promessa de mais guerra
No cartaz, o muçulmano se dirige aos outros muçulmanos “em todos os lugares”, incluindo “Ocidente e Oriente, países muçulmanos e não-muçulmanos”. Segundo o Memri, a exortação para que matem judeus, americanos e britânicos é por se tratar de “um ato abençoado”.
“Pelo sangue deles, você se aproximará de Alá Todo-Poderoso”, destaca ainda. Além disso, há um alerta para que os muçulmanos se preparem para as “batalhas decisivas” e a “Inundação Al-Aqsa”.
O termo “Inundação Al-Aqsa” se refere ao massacre de 7 de outubro. Os terroristas prometem repetir a ação até aniquilar Israel e dizem que será a “maior batalha épica” mencionada por Maomé.
Eles afirmam ainda que a Ummah — termo islâmico que se refere à comunidade muçulmana no mundo — está controlada e que todos devem se rebelar, lutando pela causa de Alá, não apenas os terroristas, mas todos os muçulmanos.
“Devemos sentir o que os nossos irmãos muçulmanos em Gaza, na Palestina e em todos os lugares estão experimentando, para acabar com a injustiça e o abuso dos servos de Alá”, conclui.