Entre os muçulmanos existe o dever religioso de defender o islã através de uma luta que se chama “Jihad” — que para eles é a “Guerra Santa”.
Essa luta, segundo a doutrina islâmica, pode acontecer de quatro formas: pelo coração (1), purificando-se espiritualmente; pela língua (2) e pelas mãos (3), difundindo palavras e comportamentos que defendam o que é bom e corrijam o que é considerado errado; ou pela espada (4), praticando a guerra física.
Nos dias atuais, muitos muçulmanos radicais estão praticando a Jihad da forma mais violenta, matando aqueles que são considerados “infieis” de maneira humilhante e indigna, conforme as leis contidas no Alcorão.
‘Jihadistas pedem mais massacres’
Conforme o Guiame divulgou recentemente, os líderes islâmicos em todo o mundo estão agitados com a guerra entre Israel e Hamas e incentivando seus seguidores para que haja mais massacres como o ocorrido em 7 de outubro.
Outra notícia do Guiame mostra que grupos terroristas estão se unindo para o mesmo objetivo. O Estado Islâmico, por exemplo, convocou “lobos solitários” para matar judeus e cristãos durante o Ramadã (mês de jejum dos muçulmanos, que começou em 10 de março e termina em 8 de abril).
O que o mundo está vendo é uma guerra que envolve ideologia e religião. O atual líder do Estado Islâmico, Abu Hudhayfah al-Ansari, afirmou que “o monoteísmo é o objetivo e a Jihad é o caminho”. Ele então declarou que o conflito com o povo judeu “não terminará em nenhuma das soluções atualmente sugeridas”.
“É uma guerra religiosa e ideológica que continuará”, disse al-Ansari, seguido de uma lista de vários métodos de assassinato em massa.
Sobre o grupo Jihad Islâmica
O termo “Jihad” é comum a todos os seguidores do Islã, mas existe também um grupo terrorista conhecido por Jihad Islâmica, que recebe apoio do Irã e tem suas atenções voltadas para a parte militar.
Os membros do grupo desenvolvem foguetes de guerra na Faixa de Gaza e contam com o apoio da tecnologia de foguetes dos iranianos.
O que os jihadistas querem?
Vale lembrar que nem todo muçulmano é jihadista. O termo tem sido usado por acadêmicos ocidentais desde os anos 1990, e mais frequentemente desde os ataques de 11 de setembro de 2001, como uma maneira de distinguir entre os muçulmanos violentos e os não-violentos.
Os muçulmanos têm como tradição o objetivo de reordenar o governo e a sociedade de acordo com a lei islâmica, chamada de sharia.
Por isso, os jihadistas entendem que a luta violenta é necessária para erradicar obstáculos para a restauração da “lei de Alá na Terra” e para defender a comunidade muçulmana, conhecida como “Umma”, contra infieis e apóstatas, ou seja, pessoas que deixaram a religião.
Conforme um artigo da BBC News Brasil, se a Umma é ameaçada por um agressor, eles sustentam que a Jihad não é só uma obrigação coletiva (fard kifaya), mas também um dever individual (fard ayn), que deve ser cumprido por todos os muçulmanos capazes, assim como as preces rituais e o jejum durante o Ramadã.
O termo “Jihadista” não é usado por muitos muçulmanos porque eles acreditam que se trata de uma associação incorreta entre um conceito religioso nobre e a violência ilegítima. Em vez disso, eles usam o termo “pervertidos”, com a ideia de que muçulmanos envolvidos em atos violentos se desviaram dos ensinamentos religiosos.
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