Depois de um fim de semana marcado por combates, Israel e o grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina (PIJ) iniciaram um cessar-fogo, que entrou em vigor às 23h30 de domingo.
A trégua foi anunciada 50 horas após o início do conflito, quando Israel iniciou uma operação militar preventiva contra alvos da Jihad Islâmica, na Faixa de Gaza.
A Jihad Islâmica Palestina disparou cerca de 1.100 foguetes contra Israel, sendo que 200 deles caíram em Gaza. Dos 990 foguetes que chegaram a Israel, 380 foram interceptados pelo sistema de defesa aérea Iron Dome. Os outros 610 caíram no mar e em espaços abertos, mas houve alguns relatos de impactos próximos a residências e prédios industriais.
Vários dos foguetes atingiram Tel Aviv e cidades ao redor de Jerusalém, segundo o Times of Israel.
Nos dois primeiros dias da operação, as IDF informaram que foram mortos vários agentes de alto escalão da Jihad Islâmica e destruída grande parte das capacidades militares da organização terrorista, como túneis e armazéns de armas.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas, pelo menos 44 palestinos foram mortos, incluindo 15 crianças, e 360 pessoas ficaram feridas desde sexta-feira.
O porta-voz das IDF, o general Ran Kochav, explicou que mais palestinos morreram pelos foguetes que falharam em Gaza do que pelos ataques de Israel, mas disse que os militares investigarão as mortes de civis não envolvidos, incluindo crianças.
Terrorists in Gaza fired over 400 rockets at civilians in Israel, dozens shot down by Iron Dome
— Anshul Saxena (@AskAnshul) August 6, 2022
And, these terrorists are also endangering the lives of their own citizens as some rockets have fallen short & landed in Gaza.
Israel have right to exist & the right to defend itself pic.twitter.com/3WgHT9Or8O
Este foi o conflito mais grave entre Israel e Palestina em quase 15 meses, quando houve uma guerra de 11 dias entre militares israelenses e o grupo terrorista Hamas, em maio de 2021.
Por que Israel começou os ataques?
A operação em Gaza foi iniciada após vários dias de bloqueios nas comunidades israelenses perto da Faixa de Gaza, devido ao alerta de um ataque iminente, enquanto a Jihad Islâmica buscava vingar a prisão de seu líder na Cisjordânia, em 1º de agosto.
Segundo os líderes israelenses, os ataques foram iniciados porque a Jihad Islâmica — que é o menor dos dois principais grupos militantes em Gaza — se recusou a desistir de seus planos de atacar alvos israelenses perto da fronteira.
Foguete israelense atingiu Gaza. (Foto: Captura de tela/YouTube/BBC)
Israel acusa Irã de estar por trás da Jihad Islâmica
Enquanto o confronto ocorria no fim de semana, o líder da Jihad Islâmica estava no Irã, encontrando-se com o presidente iraniano Ebrahim Raisi e outras autoridades do governo.
Um vídeo obtido pela Reuters mostrou Ziyad al-Nakhalah conversando com Raisi no sábado (7) em Teerã, um dia depois de Israel lançar sua operação militar em Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, chamou a atenção para o acontecimento: “Nossa luta não é com o povo de Gaza. A Jihad Islâmica é um representante iraniano que quer destruir o Estado de Israel e matar israelenses inocentes. O chefe da Jihad Islâmica está em Teerã enquanto falamos. Faremos o que for preciso para defender nosso povo.”
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