A China disse na quarta-feira (26) que bloqueou a visita de um líder evangélico americano e sua família após a sanção dos EUA a um oficial chinês por perseguição religiosa.
O Ministério das Relações Exteriores da China impôs sanções a Johnnie Moore, ex-comissário da Comissão dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), proibindo ele e sua família de entrarem na China ou nas regiões administrativas de Hong Kong e Macau.
Moore é fundador de uma consultoria de relações públicas nos EUA, que faz recomendações de políticas ao governo americano. Os comissários são nomeados pelo presidente e pelo Congresso dos EUA.
“A China insta os EUA a corrigir seus erros, suspender as chamadas sanções e parar de interferir nos assuntos internos da China por meio das chamadas questões religiosas”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em entrevista coletiva.
Os EUA têm denunciado regularmente a perseguição religiosa na China, especialmente o tratamento dado aos uigures muçulmanos, na região do extremo oeste de Xinjiang.
O ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, disse em janeiro que as ações da China em Xinjiang constituem genocídio, um veredicto com o qual seu sucessor, Antony Blinken, disse concordar.
A China rejeita a acusação e diz que está se opondo ao extremismo em Xinjiang.
No Twitter, Moore disse que foi “uma honra ser sancionado pelo Partido Comunista Chinês”. “Não entregaremos nosso mundo ao PCC para vitimar os inocentes como eles quiserem”, afirmou.
Moore acrescentou que havia deixado a USCIRF há várias semanas.
No início de maio, Blinken anunciou que estava impondo uma proibição de visto a um ex-oficial chinês, Yu Hui, e sua família, por seu envolvimento em detenções arbitrárias de seguidores do movimento espiritual Falun Gong.
O Departamento de Estado dos EUA também divulgou um relatório sobre liberdade religiosa, detalhando a perseguição de minorias religiosas na China.