Sempre que países “controversos” são citados em suas ações militares, há rumores de uma Terceira Guerra Mundial e associações com as profecias bíblicas sobre o fim dos tempos.
Normalmente, os países são apontados isoladamente ou em conjunto com seus aliados, como no caso de China e Irã, que estreitaram os laços em 2021, assinando um acordo de 25 anos a fim de reforçar a “cooperação militar”. No acordo, Xi Jinping promete investir 400 bilhões de dólares na economia do Irã.
Conforme o Guiame publicou na ocasião, essas duas nações estão focadas em “combater as políticas expansionistas” de um inimigo em comum: os EUA.
Em 2022, Irã e China também surpreenderam ao anunciar que trabalhariam juntos a fim de “criar uma ordem global mais justa”. Uma publicação do Guiame explica como Putin e Xi pretendem desafiar a ordem global dominada pelo Ocidente.
A “amizade sem limites” entre Pequim e Moscou aponta para uma “nova ordem mundial” — como eles mesmos mencionam — rumo a um mundo “mais justo e racional”. Entenda os últimos termos como um desenvolvimento político de origem comunista.
Vale ressaltar, então, que algumas “ideias ocidentais" serão violentamente confrontadas, entre elas a liberdade de expressão, pensamento, imprensa e religião.
É bom destacar, nesse caso, que “a mente de Cristo” não será aceita na nova ideologia global, já que o cristianismo é diretamente atacado como sendo o “ópio do povo”.
Xi Jinping e Vladimir Putin. (Foto: Wikimedia Commons)
Rússia, China e Irã unidos por um propósito
As forças navais da China, Irã e Rússia — três países em desacordo com os EUA — estão realizando exercícios conjuntos no Golfo de Omã esta semana, conforme o Ministério da Defesa da China.
Outros países também estão participando dos exercícios “Security Bond-2023”, disse o ministério sem mais detalhes. “Este exercício ajudará a aprofundar a cooperação prática entre as marinhas dos países participantes e a injetar energia positiva na paz e estabilidade regional”, disse ainda um comunicado do ministério.
De acordo com o AP News, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse na quarta-feira (15) que a Casa Branca não estava preocupada com o exercício de treinamento conjunto.
Kirby disse que os EUA e outras nações realizam exercícios de treinamento o tempo todo e esta não será a primeira vez que russos e chineses treinam juntos.
“Mas, vamos observá-los, vamos monitorá-los, obviamente, para garantir que não haja ameaça resultante deste exercício de treinamento para nossos interesses de segurança nacional ou de nossos aliados e parceiros na região”, disse Kirby à CNN.
Soldados russos. (Foto: Wikimedia Commons)
Sobre os exercícios militares
Os exercícios militares estão programados para acontecer até o próximo domingo (19), em meio a tensões elevadas entre os EUA e a China sobre uma série de questões, incluindo a recusa da China em criticar Moscou por sua invasão da Ucrânia e o apoio contínuo à economia russa.
Os EUA e seus aliados condenaram a invasão, impuseram sanções econômicas punitivas à Rússia e forneceram armas defensivas à Ucrânia. O Irã e os EUA são adversários desde a fundação da República Islâmica, em 1979, e a tomada de diplomatas americanos como reféns.
A China despachou o destróier de mísseis guiados Nanning para participar dos exercícios centrados em busca e salvamento no mar e outras missões não relacionadas ao combate.
A China mantém sua única base militar estrangeira, completa com um píer da marinha, no Djibuti, país do Chifre da África, localizado do outro lado do Golfo de Omã.
Os três países realizaram exercícios semelhantes no ano passado e em 2019, ressaltando os crescentes vínculos militares e políticos da China com nações que foram amplamente evitadas pelos EUA e seus parceiros.
‘Prontos para se defender e atacar’
Não é a primeira vez que nações hostis ao Ocidente mostram suas armas e sua capacidade de guerrear. Em setembro de 2022, em vários locais no Extremo Oriente da Rússia e Mar do Japão, ocorreram “exercícios militares abrangentes”.
O “Vostok 2022” foi realizado com 50.000 soldados russos e 5.000 unidades de armas, incluindo 140 aeronaves e 60 navios de guerra.
Esses “jogos de guerra” são um lembrete que mostra o quanto a nação que os realiza está pronta para se defender e atacar. Tropas de várias nações como a Índia, Laos, Mongólia, Nicarágua e Síria, estão envolvidas também.
Tanque de guerra. (Foto ilustrativa: Unsplash/Kevin Schmid)
Profecias estão se cumprindo?
Especialistas em profecias bíblicas se dividem entre linhas escatológicas. Resumidamente, há aqueles que acreditam que haverá uma “guerra espiritual” e os que defendem que haverá uma “guerra literal”.
Aproximadamente 2.500 anos atrás, Ezequiel previu eventos específicos que ocorreriam no futuro da Rússia. Em Ezequiel 38, o profeta lista as nações que atacariam Israel.
Embora nenhuma delas tenha sido citada especificamente como Rússia, há teólogos afirmando que “Rosh” — como está em algumas versões bíblicas, no versículo 2 — seja uma versão abreviada da palavra “Rússia”.
A Bíblia descreve Rosh estando distante ao norte de Israel, como ponto de referência, conforme lembra o pastor e autor cristão americano, David Jeremiah, em seu blog. Segundo ele, a Rússia é a única nação na atualidade que corresponde às especificações bíblicas na profecia.
Sobre os demais países que vão se envolver no ataque contra Israel, Jeremiah escreveu: “Os nomes e lugares que Ezequiel descreve são estranhos para nós hoje, mas um olhar mais atento às Escrituras e à história nos ajudará a traduzi-los em termos modernos”.
Bandeira de Israel. (Foto: Unsplash/Taylor Brandon)
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