Cristãos coptas desaparecidos na Líbia são encontrados detidos pela imigração

Desde 30 de setembro, o grupo estava desaparecido no país que é reduto de grupos extremistas islâmicos.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 28 de outubro de 2021 às 12:41
Os 17 cristãos coptas foram detidos pela imigração da Líbia. (Foto: IOM)
Os 17 cristãos coptas foram detidos pela imigração da Líbia. (Foto: IOM)

Os 17 cristãos coptas desaparecidos na Líbia foram detidos pelas autoridades devido ao seu status de imigração, informou a Missão Portas Abertas.

O grupo de egípcios estava desaparecido desde o dia 30 de setembro. Havia um temor de que eles teriam sido sequestrados por extremistas islâmicos e tivessem o mesmo destino do que os 21 cristãos decapitados pelo Estado Islâmico em 2015, na Líbia.

A Portas Abertas afirmou que seu parceiro no Egito conversou com um representante do Ministério de Relações Exteriores, que confirmou a detenção dos cristãos coptas por imigração ilegal.

No total, 525 egípcios, muçulmanos e cristãos foram detidos pelas autoridades líbias por suspeitas em relação ao seu status de imigração. Segundo o representante das Relações Exteriores, os 17 coptas estão entre esse grupo, por terem entrado na Líbia pela Turquia, países com uma relação conflituosa no momento.

As autoridades do Líbano estão realizando verificações de segurança com os cristãos coptas e o grupo será liberado e repatriado ao Egito assim que o processo terminar, conforme o representante egípicio. 

Entenda o caso

Os 17 cristãos coptas egípcios estavam desaparecidos na Líbia desde o dia 30 de setembro. Segundo um amigo e advogado do grupo, eles tinham visto de trabalho para atuarem na Líbia. “Mas, eles não conseguiram oportunidades de trabalho e os custos de renovação dos vistos são altos e é provável que a polícia da Líbia os tenha detido desde 30 de setembro até agora”, afirmou.

Muitos cristãos coptas, egípcios membros da Igreja Ortodoxa Copta, têm migrado para a Líbia em busca de trabalho, mesmo sabendo do alto risco de perseguição no país que é um reduto de grupos extremistas.

“Sabemos que é mais provável que morramos do que vivamos na Líbia, mas não temos escolha. Mais e mais pessoas estão indo para a Líbia por causa da crise econômica aqui. Você não consegue trabalho, não consegue ganhar dinheiro no Egito. Estamos cientes dos perigos, especialmente como cristãos”, disse um crente copta ao jornal Sunday Times.

Em 2015, 21 cristãos coptas foram decapitados por militantes do Estado Islâmico numa praia na Líbia. A execução foi gravada e divulgada pelo grupo extremistas como uma mensagem de ameaça ao "povo da cruz".



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