Os nomes de 22.000 apoiadores do Estado Islâmico foram descobertos em documentos entregues à 'Sky News' por um ex-membro desiludido do grupo militante.
Dezenas de milhares de documentos foram armazenados em um cartão de memória roubado do chefe da força de segurança interna do Estado Islâmico por um homem que se identificou como Abu Hamed.
Originalmente membro do Exército Sírio Livre, Hamed mais tarde se juntou ao Estado Islâmico, mas já deixou o grupo terrorista, alegando que "as regras islâmicas nas quais ele acreditava entram totalmente em colapso com a organização", a 'Sky' relatou.
Os documentos pareciam formulários de inscrição, com 23 perguntas e informava nomes de apoiantes do Estado Islâmico e de seus familiares, números de telefone, cidade natal, grupo sanguíneo e outros detalhes, tais como as áreas de especialização para as quais haviam sido recomendados.
A 'Sky News' disse que alguns dos nomes já eram bem conhecidos, mas os documentos também pode ajudar a identificar alguns extremistas que antes eram desconhecidas para as autoridades de seus países.
Os nomes incluem mais de uma dúzia de britânicos, incluindo Abdel Bary, de Londres, que se juntou ao Estado Islâmico em 2013, e Reyaad Khan, de Cardiff, que também se juntou em 2013.
De acordo com a Sky, um dos arquivos foi marcado como "mártires" e deu detalhes de militantes que foram especificamente treinados para realizar atentados suicidas.
A inteligência alemã disse ter conseguido os documentos de identificação de 22.000 militantes do Estado Islâmico na última segunda-feira (7). Eles parecem ser os mesmos documentos obtidos pela 'Sky'.
Na Alemanha, o Ministro do Interior, Thomas de Maizière disse que os documentos podem ajudar a esclarecer "as estruturas subjacentes desta organização terrorista".
Terrorismo
Atualmente, o Estado Islâmico é um dos principais grupos terroristas, com forte atuação no Oriente Médio (Síria, Iraque e outros países) e também realizando atentados que chocaram o mundo como os recentemente realizados em Paris.
Além de impor suas leis extremistas como uma intepretação do próprio Corão - livro sagrada islâmico - o grupo também tem investido em uma forte perseguição aos cristãos. Aqueles que se recusam a declarar a fé islâmica nas terras dominadas pelo grupo terrorista precisam pagar impostos abusivos ou são expulsos de suas casas e até mesmo executados das formas mais assustadoras possíveis.