O próximo eclipse solar, previsto para o dia 8 de abril, foi classificado como uma “urgência profética” por alguns cristãos, no sentido de dar mais atenção ao evento astronômico, classificando-o como um sinal no céu e um aviso que aponta para o fim dos tempos.
Durante o podcast “Strang Report”, de Stephen Strang, fundador do Charisma News, numa conversa com o escultor cristão Max Greiner, foi mencionado a trajetória do eclipse anterior com a do eclipse de abril que formará um “X” no céu dos EUA.
Outros eclipses já foram analisados, mostrando que há paralelos entre impactos e acontecimentos marcantes na Terra com ocorrências celestes. Tais paralelos são vistos como “sinais”.
“A intersecção destes eclipses perto de Little Egypt, Illinois, próximo à historicamente significativa falha geológica de Nova Madrid, invoca uma reflexão sobre devastações passadas seguindo sinais semelhantes, nomeadamente os catastróficos terremotos de Nova Madrid no início do século XIX”, relacionou Strang.
Eclipses ocorrem em festas bíblicas
O hebraísta Getúlio Cidade, em entrevista ao Guiame, esclareceu que “eclipses solares, superluas e meteoros são sinais para as nações sobre os últimos dias”.
Ele disse que vem observando as recorrências desses eventos e compartilhou suas convicções: “Faz algum tempo que venho publicando sobre os sinais proféticos no céu e se verificarmos a recorrência deles com as datas das festas bíblicas vamos nos surpreender”.
Como exemplo, o hebraísta mencionou o significativo eclipse solar total de 21 de agosto de 2017: “Ele atravessou os EUA de costa a costa. Este foi um evento raríssimo para aquela nação e certamente continha uma mensagem para seus habitantes”.
“O eclipse se iniciou na costa oeste pela manhã e terminou na costa leste à tarde, a algumas horas do início do primeiro dia do mês de Elul. Quem conhece as Festas do Senhor sabe que este é o mês sagrado que dá início aos quarenta dias de Teshuvá ou arrependimento, e se estende até o dia de Yom Kippur, representando o juízo final das nações e de cada indivíduo”, continuou.
“Muitos judeus norte-americanos entenderam se tratar de um aviso do céu. Era um tempo em que Deus estava chamando a nação ao arrependimento de suas más obras e pecados. Alguns rabinos em Israel foram mais longe e afirmaram ser um aviso para os judeus que viviam no país de que chegara a hora de fazerem aliyah (imigração para Israel)”, destacou.
“O que ficou claro é que esse eclipse trouxe uma iminência de juízos sobre o país, caso este persistisse em se rebelar contra os mandamentos de Deus. Foi como um último chamado à Teshuvá antes do juízo”, resumiu.
Getúlio também mencionou o eclipse solar anular do dia 14 de outubro de 2023, sete dias após o fim da Festa de Sukkot, data que também marcou o início da Guerra de Israel contra o Hamas.
Mapa com os dois eclipses formando um X sobre os EUA. (Foto: GreatAmericanEclipse.com/Sociedade Astronômica Americana/Michael Zeiler)
Significado do X sobre os EUA
“O que mais me intriga é o X que será formado sobre os EUA: O primeiro eclipse fez um traço de cima para baixo, em outubro de 2023. O segundo fará um traço de baixo para cima”, disse.
“O próximo eclipse solar será total, ocorrerá no dia 8 de abril de 2024 e terminará sua trajetória na América do Norte praticamente no primeiro dia de Nisan, mês conhecido como o ‘tempo de nossa redenção’ por causa da Páscoa do Senhor que se iniciará no dia 14”, continuou.
“Esse será um eclipse total porque a lua estará mais próxima da Terra e será capaz de bloquear toda a luz solar, criando uma trajetória de totalidade na América Central e do Norte, expondo a atmosfera mais externa do sol (coroa solar). A trajetória se iniciará no sentido contrário ao do eclipse de 2023, começando pelo México, passando pelo Texas, nos EUA, e terminando ao norte do país, atravessando parte do Canadá”, detalhou.
Segundo o hebraísta, há alguns fatos curiosos: “Ambos os eclipses solares, o primeiro anular e o segundo total, ocorrem no período entre festas bíblicas muito importantes. O primeiro eclipse se deu exatamente sete dias após o término das Festas do Outono e o segundo será a quatorze dias da Páscoa que abre as Festas da Primavera”, observou.
“Ambos os eclipses atravessam toda a região continental dos Estados Unidos, de uma costa a outra, formando um X, com o centro no estado do Texas. E ambos estão separados por apenas seis meses entre si”, disse ainda.
“Quanto mais analiso a imagem da sobreposição dos eclipses em formato de X, mais me pergunto qual será seu significado e o que Deus está comunicando não apenas aos EUA, mas ao mundo. Seria esse X um basta, uma mudança na nova ordem mundial que, até então, tem a nação norte-americana como uma de suas principais potências?”, questionou.
“Seria o fim de uma era pós-Guerra Fria, quando o país foi elevado à posição de única superpotência, incapaz de ser desafiado por qualquer outra? Seria o fim da Pax Americana? Seria a indicação de uma crise sem precedentes para o país que, de alguma forma, afetará também o Ocidente? Seria o cálice da ira de Deus transbordando devido aos mais de 60 milhões de abortos legalizados desde 1973?”, continuou.
“Seria um marco de Deus para um tempo de juízo sobre a nação por ela não ter feito Teshuvá quando devidamente advertida, especialmente no eclipse total que atravessou o país em 2017? Seja como for, creio que esses eclipses contêm em si uma mensagem de que os próximos anos marcarão uma nova era para os EUA e para o mundo”, concluiu.