Tsunami atinge Rússia, Havaí e Japão após 6º maior terremoto já registrado

Um forte terremoto de magnitude 8,8 no extremo norte da Rússia provocou ondas de tsunami de até 5 metros na região e avisos de alerta no Japão, Havaí e na Costa Oeste dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (30). O terremoto foi o 6° maior já registrado no mundo.

A cidade mais atingida pelo terremoto foi Petropavlovsk-Kamchatsky, na península de Kamchatka, onde prédios foram danificados e várias pessoas ficaram feridas. Ondas do tsunami também alcançaram áreas da cidade.

"Decidi deixar o prédio. Parecia que as paredes poderiam desabar a qualquer momento. O tremor durou continuamente por pelo menos 3 minutos”, disse Yaroslav, um morador local, em entrevista à Reuters.

Um vídeo divulgado pelo Ministério da Saúde da região mostrou uma equipe de médicos realizando cirurgias enquanto os tremores sacudiam seus equipamentos, o leito e o chão, em Petropavlovsk-Kamchatsky.

 

 

 

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A costa da cidade de Severo-Kurilsk ficou submersa. O porto e uma fábrica de processamento de peixe foram inundados e as ondas, de 3 a 5 metros, varreram embarcações que estavam ancoradas, conforme o Ministério de Emergências da Rússia.

Prédios mais altos e algumas instalações de armazenamento ficaram cercadas pela água, antes das ondas voltarem ao mar. Segundo cientistas russos, o terremoto foi o mais forte a atingir a região desde 1952.

 

 

 

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Alertas no Havaí

As autoridades do Havaí emitiram um alerta, pedindo aos moradores da costa que permanecessem em um terreno alto ou em telhados de prédios, e a Guarda Costeira dos EUA ordenou que os navios saíssem dos portos.

As ondas do Tsunami chegaram às ilhas com menor intensidade, medindo até 1,7 metros. Ondas do fenômeno de quase meio metro chegaram até a Califórnia.

🚨#BREAKING: Watch as a time-lapse captures the dramatic retreat of water at Hanalei Bay in Hawaii, receding over 100 feet from its usual shoreline. This marks the confirmed arrival of the tsunami in Hawaii, with the first wave now detected at Hanalei, following a powerful 8.8… pic.twitter.com/ddIdiuVrpF

— R A W S A L E R T S (@rawsalerts) July 30, 2025

Na Costa do Pacífico do Japão, alarmes de tsunami soaram em cidades e ordens de evacuação foram emitidas para milhares de pessoas.

Além disso, trabalhadores da usina nuclear de Fukushima evacuaram. Em 2011, um tsunami causou um desastre radioativo no local.

Dezenas de moradores na ilha de Hokkaido, no norte do país, se abrigam no telhado de um prédio, durante os alarmes.

 

 

 

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Conforme as autoridades locais, três ondas de tsunami alcançaram o Japão, a maior de 1,3 metro, sem causar nenhum dano ou morte.

 

 

 

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O Sistema de Alerta de Tsunami dos EUA afirmou que ondas de mais de 3 metros ainda podem ser registradas ao longo das costas da Rússia, ilhas do norte do Havaí e Equador, já ondas de 1 a 3 metros são possíveis no Japão, Havaí, Chile e Ilhas Salomão.

Kamchatka, a cidade mais próxima do epicentro do terremoto, e o Extremo Oriente da Rússia ficam localizados no Anel de Fogo do Pacífico, uma região propensa a terremotos e erupções vulcânicas.

"Devido a certas características do epicentro, a intensidade do tremor não foi tão alta como se poderia esperar de tal magnitude", explicou Danila Chebrov, diretora da Filial de Kamchatka do Serviço Geofísico.

"Os tremores secundários estão em andamento. Sua intensidade permanecerá bastante alta. No entanto, tremores mais fortes não são esperados em um futuro próximo. A situação está sob controle”, acrescentou.

Aumento de terremoto como sinal do fim dos tempos

O aumento de terremotos mais intensos, ocorrendo em intervalos de tempo mais curtos, são um sinal do fim dos tempos, de acordo com o teólogo e hebraísta, Luiz Sayão.

Entre os sinais que indicam o fim, biblicamente falando, os “terremotos em vários lugares” descrevem um cenário de grandes destruições, associado a guerras e muitos conflitos.

Sayão aponta para o aumento de terremotos, tanto em quantidade quanto em intensidade, a partir do século 20. “O que estamos vendo nunca havia sido registrado na história. Há conflitos e terremotos em todas as partes do mundo. Vemos que está ficando cada vez mais acentuado”, comentou.

“Essa figura das ‘dores de parto’ que atinge a realidade da Criação é uma antecipação desse ‘nascimento’ [vinda de Jesus]. A Bíblia é muito clara, por isso devemos estar em sintonia com a Palavra de Deus”, alertou o hebraísta.

Na última década, foi possível observar que mais terremotos de magnitude extrema ocorreram no mundo. Na opinião do vulcanologista Steve Maddox, da Universidade de Dakota do Norte, a incidência dos terremotos está aumentando conforme o tempo passa. 

Segundo o especialista, de 1900 a 1909 foram registrados 141 terremotos no mundo todo. De 1970 a 1979, em contrapartida, foram registrados mais de 1.500 terremotos — um número bastante alarmante. Quanto aos terremotos de magnitude extrema, foram registrados 7 deles no século 19. Na primeira metade do século 20, houve 15; e na segunda metade, foram 20. Mas nada se compara ao século 21:

14 de agosto de 2021 (Haiti) — O terremoto de magnitude 7.2 que atingiu o Haiti intensificou a crise humanitária que o país já enfrentava, deixando quase 1,3 mil mortos e pelo menos 5,7 mil feridos. Apenas quatro dias depois, houve outro tremor de 4.3 na escala Richter, responsável pela morte de mais de 2,1 mil pessoas. Há 10 anos, o Haiti já havia sido atingido por um terremoto de magnitude 7,0 que matou mais de 300 mil pessoas.

12 de maio de 2015 (Nepal) — Pelo menos 8,9 mil pessoas morreram em um terremoto de magnitude 7,8 seguido por outro tremor violento de magnitude de 7,3. A capital Katmandu e as regiões do epicentro, a 70 quilômetros de distância, foram devastadas. Mais de meio milhão de casas foram destruídas, deixando milhares de desabrigados.

11 de março de 2011 (Japão) — Terremoto de magnitude 9,0 matou pelo menos 15,7 mil pessoas; 4,6 mil dadas como desaparecidas e 5,3 mil feridas. O terremoto foi seguido de um tsunami e arrasou a costa leste de Honshu, maior e mais populosa ilha do Japão. A combinação de tremor e maremoto também deixou mais de 130 mil pessoas desabrigadas e destruiu 300 mil casas e prédios. A maioria das mortes ocorreu nas cidades de Iwate, Miyagi e Fukushima. As ondas chegaram a 38 metros de altura.