Mãe de quatro filhos, uma mulher cristã de 41 anos foi estuprada e espancada violentamente no Quênia por muçulmanos somalis. Ela era da Somália, mas foi com os filhos para um campo de refugiados de Ifo, Dadaab, instalado na fronteira entre os dois países, em 2016.
Em seu país ela era muçulmana, mas converteu-se ao cristianismo no Quênia um ano depois de ter chegado, porém sua fé em Cristo permaneceu em segredo até que somalis muçulmanos a viram saindo do culto da igreja no Centro de adoração Dadaab Internacional, em fevereiro de 2018.
Assim que foi descoberta como cristã, a ex-muçulmana começou a receber mensagens ameaçadoras, informa a Morning Star News. “Se você continuar a frequentar a igreja, vamos comer sua cabeça”, diziam.
“Sabemos que você é uma cristã, vimos você sair de uma igreja no domingo. Se você continuar frequentando a igreja, então viremos em breve”.
Diante das ameaças, a mulher parou de frequentar os cultos da igreja e mudou-se. Quando ela parou de frequentar a igreja, o pastor visitou a família e começou a orar com eles em sua casa. “Eu acho que os inimigos de Cristo poderiam estar monitorando seus movimentos”, disse.
Violência
Um ano após as ameaças, no dia 2 de janeiro, quatro muçulmanos da Somália invadiram sua casa. “Eu fui espancada e estuprada por quatro homens que me ameaçavam dizendo para não contar nada sobre o calvário que eu passei na mão deles”, disse a mulher que não pode ser identificada.
Ela falou que quando eles deixaram a casa dela, um deles disse: “Poderíamos ter matado você por ser uma desgraça para o Islã ao se juntar ao cristianismo, que é contra a nossa religião, mas já que você é uma mãe, decidimos poupar sua vida com a condição de que você não deve mencionar nada sobre nós”.
Segundo uma fonte da igreja, que também não pode se identificar, a mulher está em trauma: “Nós, como igreja subterrânea em Dadaab precisamos de orações e apoio para os nossos crentes perseguidos em Cristo”, disse.
A constituição da Somália estabelece o Islã como religião do Estado e proíbe a propagação de qualquer outra religião. Também exige que as leis cumpram os princípios da sharia (lei islâmica), sem exceções na aplicação para os não-muçulmanos.
A Somália ocupa o terceiro lugar na lista dos 20 países na Lista Mundial da Perseguição 2019 do Portas Abertas, onde é mais difícil ser cristão; o Quênia está classificado em 40º lugar.