Ex-muçulmano perde a fala após ser atacado por não negar Jesus

Ramadan foi atingido pela esposa com um objeto de metal que o fez perder a fala.

Fonte: Guiame, com informações de Morning Star NewsAtualizado: terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 às 13:05
Cristão perseguido. (Foto: Ilustração/Portas Abertas)
Cristão perseguido. (Foto: Ilustração/Portas Abertas)

Um homem que abandonou o islamismo na Somália para seguir Jesus, foi atacado pelo esposa muçulmana por não negar sua fé. 

Abdulai Ramadan, de 35 anos, foi atacado no dia 20 de janeiro, depois que sua esposa se irritou porque ele havia realizado um estudo bíblico com outros cristãos em sua residência, em uma cidade na região de Lower Juba.

Ramadan aceitou Jesus em 2020 e pertencia a uma comunidade cristã secreta. No dia 25 de dezembro, sua esposa ficou furiosa depois que ele convidou três outros cristãos para uma celebração de Natal, da qual seus quatro filhos também participaram.

A mulher se recusou a participar, e naquela noite, eles discutiram sobre o cristianismo e o islamismo. Em seguida, ela exigiu que ele negasse a Cristo.

“Ela disse: ‘A religião que você trouxe para nossa casa é um grande constrangimento para a família, parentes e a comunidade islâmica’”, contou Ramadan, por escrito, ao Morning Star News, enquanto se recuperava em um hospital.

“Eu me recuso a renunciar à minha fé em Cristo. Estou disposto e pronto para fornecer tudo o que você precisa, mas negar Jesus é algo que não posso fazer”, respondeu Ramadan.

Então, a esposa o proibiu de liderar quaisquer outras atividades cristãs na propriedade da família, dizendo: “Que tais atividades cristãs sejam as primeiras e as últimas em nossa casa”, escreveu ele.

O ataque

Enquanto ela visitava a casa dos pais no dia 20 de janeiro, um amigo cristão visitou Ramadan. Na ocasião, os dois tiveram um breve momento de oração e estudo da Bíblia. 

Depois que a esposa chegou, um dos filhos do casal contou sobre o que havia ocorrido. 

“Ela disse: ‘Nós concordamos que nenhuma atividade cristã aconteceria em nossa casa, mas em vez disso você continuou fazendo o oposto’”, relembrou Ramadan.

Nesse momento, ela o atingiu com um objeto metálico e uma das crianças contou:

“Meu pai caiu e perdeu a consciência. Na manhã seguinte, minha mãe saiu cedo sem nos dizer para onde estava indo. Meu pai pegou o telefone, mas não conseguiu falar. Então, ele usou linguagem de sinais e me mostrou a pessoa para quem eu deveria ligar”.

A criança ligou para o número do pastor, que chegou uma hora depois. Lá, ele informou que antes de levá-lo ao hospital, a esposa de Ramadan e cinco de seus parentes chegaram enquanto ela gritava e os insultava. 

“Tentei acalmar a situação, mas a esposa continuou insultando o marido como um infiel. Ramadan não conseguia dizer uma palavra. Os sogros também estavam exigindo o divórcio para levar a filha de volta para casa com as crianças. E vizinhos muçulmanos começaram a chegar”, disse o pastor. 

“Comecei a sentir que o ambiente estava ficando perigoso, então, coloquei Ramadan no meu carro e fui embora enquanto a esposa continuava a nos insultar dizendo: 'Desapareça e nunca mais volte'”, acrescentou ele.

Segundo o pastor, Ramadan tinha um corte profundo na testa, suas roupas estavam encharcadas de sangue e ele estava com muita dor.

Após ser examinado em um hospital, o médico informou que Ramadan havia perdido a fala devido ao impacto do objeto de metal que o atingiu. Atualmente, o cristão está recebendo tratamento médico.

“Por favor, orem por ele para que Deus possa restaurar sua fala e nos dar direção. A comunidade cristã também está em perigo de novos ataques e abalada com o que aconteceu com o Ramadan”, concluiu o pastor.

Intolerância religiosa no país 

Conforme o Departamento de Estado dos EUA, a Constituição da Somália tem o islamismo como religião predominante do Estado e proíbe a propagação de qualquer outra crença. 

Assim como exige que as leis cumpram os princípios da sharia (lei islâmica), sem exceções na aplicação para não muçulmanos.

De acordo com as principais escolas de jurisprudência islâmica, a pena de morte por apostasia é prevista na lei. Um grupo extremista islâmico na Somália, Al Shabaab, é aliado da Al Qaeda e adere ao ensinamento.

A Somália ocupa a 2ª posição na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. 

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