Em uma carta de duas páginas publicada nesta quarta-feira (16), o grupo militante jihadista al-Shabaab afirmou que o ataque a um complexo hoteleiro e de negócios realizado na noite anterior em Nairóbi, no Quênia, foi uma resposta a Donald Trump, pela transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém em 2017.
“Os mujahideen (guerreiros santos) conduziram esta operações em resposta às declarações tolas do presidente americano, Donald Trump, e à sua declaração de Al-Quds (Jerusalém) como capital de Israel”, anunciou o grupo, que tem base na Somália, país vizinho.
O ataque recebeu o nome de “operação Jerusalém nunca será tornada judaica”. Em um comunicado via rádio, os terroristas disseram que os interesses econômicos dos EUA e de Israel sofrerão enquanto continuarem desafiando os direitos dos palestinos.
Vítimas
O ato terrorista provocou explosões que mataram pelo menos 16 pessoas. O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, afirmou nesta quarta-feira que as forças de segurança do Quênia mataram os extremistas islâmicos que invadiram um complexo hoteleiro em Nairóbi.
Das vítimas, 16 eram quenianas, uma britânica, uma americana e três descendentes de africanos, mas suas nacionalidades ainda não foram identificadas, segundo a polícia. Na terça-feira, as autoridades enviaram forças especiais para o hotel para expulsar os atiradores. O presidente disse que mais de 700 civis foram resgatados do complexo.
O país é ocasionalmente alvo do grupo terrorista somali, que em geral atribui os ataques a uma vingança pelo envio de tropas quenianas ao apoio do governo da Somália. Outros graves ataques jihadistas já aconteceram no país.
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