Uma comunidade com cerca de 30 cristãos idosos vive na capital da Somália, Mogadíscio, com medo constante de militantes islâmicos e até mesmo de seus parentes. "A violência está em nossas casas e nós, que somos poucos, arriscamos nossas vidas todos os dias", disse um homem, falando sob o pseudônimo de Moisés.
"Aqueles que nasceram nos anos 90 se tornaram intolerantes e não entendem seus anciãos que professam o cristianismo. Portanto, os idosos fogem, vão para longe de seus filhos e netos", disse Moisés, acrescentando que alguns cristãos “foram mortos pelos filhos de seus filhos”.
"Eu tive a oportunidade de conhecer Moisés", disse um líder da região. "Ele é um cristão que cresceu na realidade da Somália. Muitos o consideram como um porta-voz dos somalis. Ele define sua comunidade como ameaçada", ressaltou.
O líder ainda disse que era muito perigoso trabalhar como um sacerdote cristão por causa da situação de segurança e das ameaças colocadas pelo grupo do Estado islâmico e Al-Shabaab. No mês passado, o World Watch Monitor informou que o grupo extremista se tornou ativo na Somália e que os ex-membros da Al-Shabaab se juntaram.
O grupo islâmico militante Al-Shabaab, afiliado da Al-Qaeda, foi fundado na Somália para "libertar" o país de todos os cristãos. O grupo é capaz de agir com impunidade na sociedade ilegal e tribal da região. Muitos líderes tribais vêem deixar o Islã como uma traição.
As igrejas são quase inexistentes na Somália e os cristãos estarão em perigo caso sejam identificados. Em agosto do ano passado, uma igreja foi fechada uma semana após sua reabertura.
Os cristãos dos países vizinhos, como o Quênia, viram um aumento nos ataques nos últimos anos, predominantemente nas mãos de Al-Shabaab, que se baseia na região fronteiriça da Somália. Os militantes atravessam o Quênia para atacar cidades e ônibus, e são conhecidos por separar os cristãos dos muçulmanos e executar os cristãos.
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