Há quase um ano, mais de 250 meninas foram capturadas pelo Boko Haram de uma escola na vila Chibok, no nordeste da Nigéria.
Apesar da campanha generalizada "#BringBackOurGirls" ("#TragamNossasGarotasDeVolta") a maioria delas ainda não foi encontrada.
Dentre as 50 meninas que conseguiram escapar, uma delas pediu que os militantes fossem perdoados, sugerindo que a sua falta de educação é, em parte, a culpa por seu comportamento.
Deborah, de 19 anos, disse à Times: "Mesmo que eles tenham promovido tanta destruição, para mim, puni-los não vai ser a melhor resposta, mas sim mostrando-lhes o que eles estão fazendo é errado. A maioria deles são analfabetos. Eles não sabem o que estão fazendo", disse ela.
O nome do grupo militante islâmico se traduz como "educação ocidental é pecaminosa", e a ideologia islâmica é, muitas vezes, fundida com uma posição fortemente anti-ocidental.
"Alguns deles estão nessas gangues por causa da pobreza. Assim, dando-lhes um trabalho, fazendo-os perceber que essas coisas não são boas, esta é a melhor maneira, eu acho, para ajuda-los".
O grupo tem aterrorizado norte da Nigéria, nos últimos seis anos, crescendo em força ao longo do tempo e mais de 10.000 pessoas foram mortas por causa da violência promovida pelo Boko Haram, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores.
Recém-eleito, o presidente Muhammadu Buhari prometeu superar os militantes e ter sucesso onde o presidente Goodluck Jonathan é visto como falho - apesar de fazer promessas antes das eleições da semana passada que o grupo poderia ser suprimido dentro de um mês.
Desde sua fuga, Deborah voltou à sua educação e foi levada até um lugar na Universidade Americana da Nigéria, em Yola, juntamente com 20 outras meninas foragidas do cativeiro. A instituição de caridade foi criada para financiar bolsas de estudo para meninas como Débora, desamparadas por conta da guerrilha.
"Eles dizem que a educação ocidental é ruim, com base na sua religião. Eu penso que é que a educação ocidental é tudo", disse ela.
Juntamente com algumas das outras meninas, Deborah disse que elas feito um acordo desde sua fuga, de ficarem juntas e orando para que as outras meninas capturadas com elas, um dia sejam liberadas.