Uma igreja em Malmö, na Suécia apresentou a pintura “Paraíso”, que mostra gays e lésbicas usando folhas de figueiras no Jardim do Éden. A pintura foi inspirada na obra Adão e Eva, de 1528, do artista Lucas Cranach, o Velho (1472-1553).
A pintura que retrata “Adão e Steve e Madame e Eva” é de Elisabeth Ohlson Wallin, que é homossexual.
“É com orgulho e alegria que recebemos o Paraíso na Igreja de São Paulo. Precisamos de imagens que se abram para maior inclusão e identificação. Somos gratos à arte de Elisabeth, que nos permite construir uma igreja que mostre que todos nós, independente de quem amamos e identificamos, somos acolhidos no Paraíso”, disse a igreja em comunicado
Helena Myrstener, uma das pastoras da igreja, endossou o comunicado e escreveu no Twitter “estamos muitos felizes e orgulhosos”.
No entanto, muitos fiéis não aprovaram a pintura que mistura crença religiosa com ideologia.
Um deles escreveu: “Não se trata de valores cristãos, mas apenas de ativismo político. Vergonhoso!”
“Existem muitos líderes esclarecidos na Igreja sueca que são contra toda essa loucura. Infelizmente, a Igreja está politizada – com almas saqueadas e outras pessoas resistindo – espalhando sua praga por dentro. A igreja deve ser a casa do Senhor. Não é uma arena… Que Deus nos perdoe”, escreveu uma sueca em seu Twitter.
Elisabeth Ohlson é lésbica assumida e costuma incorporar imagens religiosas em seus trabalhos; ela ilustrou Jesus ao lado de travestis e transexuais.
Pintura a Última Ceia, que retrata Jesus com transexuais. (Foto: Reprodução/Twitter)
Ela conta que inicialmente ofereceu a pintura como presente para a Catedral Skara, que estava prestes a sediar o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo em seus 1.000 anos de história. Apesar disso, a catedral rejeitou sua doação não como sobre fé, mas sobre ativismo político.
"Eu queria mostrar que desde o início dos tempos, o lugar para os gays era o paraíso" e não o inferno, disse ela.
Muitas manifestações contrárias classificam a pintura de ativismo LGBT.
“Absolutamente! Doentio!”, contestou Birgit Lundell; outra pessoa acrescentou: "Esta é uma heresia anticristã que abomina o altar”.