EUA: Maioria se opõe à ideologia trans em esportes e tratamentos hormonais para jovens

No estudo, 49% dos entrevistados concordavam que o país foi longe demais em acomodar políticas transgênero.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: quinta-feira, 30 de janeiro de 2025 às 15:50
A pesquisa refletiu sobre o impacto da ideologia trans no esporte e na saúde dos indivíduos. (Foto: Unsplash/daniel james)
A pesquisa refletiu sobre o impacto da ideologia trans no esporte e na saúde dos indivíduos. (Foto: Unsplash/daniel james)

Uma pesquisa recente revelou que aproximadamente metade dos americanos acredita que os Estados Unidos exageraram ao permitir que atletas transgêneros do sexo masculino competissem em esportes femininos. 

Além disso, a maioria dos americanos se opõe à realização de intervenções cirúrgicas em crianças com disforia de gênero.

O New York Times/Ipsos divulgou a pesquisa com base em respostas coletadas de 2.128 adultos americanos no período de 2 e 10 de janeiro. 

No estudo, 49% dos entrevistados concordavam que “a sociedade foi longe demais em acomodar pessoas transgênero”. Enquanto 21% concordaram com uma declaração que afirma que “a sociedade não foi longe o suficiente em acomodar pessoas transgênero”.

Outros 28% acreditavam que “a sociedade atingiu um equilíbrio razoável quando se trata de acomodar pessoas transgênero”. 

A maioria dos americanos que se identificam com o Partido Republicano (ou seja, mais à direita) (77%) e uma parcela de apoiadores de partidos independentes ou partidos menores (31%) concordaram que os esforços para acomodar a população transgênero foram longe demais.

Cerca de 30% dos independentes e membros de partidos menores acreditam que a comunidade transgênero recebe uma quantidade adequada de acomodação, assim como 16% dos republicanos.

Por outro lado, uma parcela bem menor de independentes (14%) e republicanos (5%) acredita que o país precisa fazer mais para acomodar pessoas transgênero.

Em contraste, uma parte significativa de apoiadores do Partido Democrata (ou seja, mais à esquerda) (39%) considera que a sociedade atingiu um equilíbrio adequado no que diz respeito à acomodação de transgêneros. Outros 37% acham que os EUA não foram longe o suficiente, enquanto 23% acreditam que esses esforços foram excessivos.

No esporte

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a participação de atletas masculinos trans em competições femininas, e a esmagadora maioria dos entrevistados (79%) acredita que eles não deveriam ter permissão para competir em tal categoria. 

A maioria dos entrevistados, independentemente da orientação política, se opôs à participação de atletas masculinos transgêneros em esportes femininos, com a oposição sendo bem mais forte entre os republicanos (94%) do que entre democratas (67%) e independentes (64%).

Sobre as opiniões acerca da permissão de prescrição médica para medicamentos bloqueadores da puberdade ou hormônios transgênero para jovens, a maioria dos entrevistados (71%) concordou que menores não deveriam ter acesso a medicamentos que interrompam seu crescimento natural e deformem seus corpos.

Assim como no caso da participação de homens transgêneros em esportes femininos, a oposição à permissão de prescrição de bloqueadores da puberdade e hormônios transgêneros para crianças com disforia de gênero foi mais forte entre os republicanos (90%) e menos acentuada entre os independentes (61%) e democratas (54%).

Sete por cento dos republicanos, 10% dos independentes e 24% dos democratas apoiaram permitir que jovens de 15 a 18 anos recebessem bloqueadores da puberdade e hormônios transgêneros. Já o apoio para permitir que crianças de até 10 anos recebam esses medicamentos foi de 2% entre republicanos e independentes, e 19% entre democratas.

A pesquisa destacou que a oposição à permissão de atletas masculinos transgêneros competirem em esportes femininos, está relacionada a preocupações sobre a justiça para as atletas mulheres.

Risco à saúde

Os esforços para proibir que homens trans participem de competições em esportes femininos, foram motivados após polêmicas com atletas masculinos trans quebrando recordes esportivos femininos.

Em resposta a essas preocupações, 27 estados adotaram leis ou regulamentações que exigem que atletas trans compitam em equipes esportivas de acordo com o sexo atribuído ao nascimento, em vez de com base na identidade de gênero. 

Enquanto isso, a oposição à prescrição de bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo oposto para jovens transgêneros é motivada por preocupações sobre seus efeitos a longo prazo

O American College of Pediatricians destacou os possíveis efeitos colaterais dos bloqueadores da puberdade, como “osteoporose, transtornos de humor, convulsões, comprometimento cognitivo e, quando combinados com hormônios do sexo oposto, esterilidade”.

A organização médica também alertou que os hormônios do sexo oposto podem aumentar o risco de “ataques cardíacos, derrames, diabetes, coágulos sanguíneos e cânceres ao longo da vida”.

Em resposta a essas preocupações, 24 estados implementaram medidas que proíbem jovens transgêneros de obter bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo oposto.

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