Uma pesquisa recente revelou que aproximadamente metade dos americanos acredita que os Estados Unidos exageraram ao permitir que atletas transgêneros do sexo masculino competissem em esportes femininos.
Além disso, a maioria dos americanos se opõe à realização de intervenções cirúrgicas em crianças com disforia de gênero.
O New York Times/Ipsos divulgou a pesquisa com base em respostas coletadas de 2.128 adultos americanos no período de 2 e 10 de janeiro.
No estudo, 49% dos entrevistados concordavam que “a sociedade foi longe demais em acomodar pessoas transgênero”. Enquanto 21% concordaram com uma declaração que afirma que “a sociedade não foi longe o suficiente em acomodar pessoas transgênero”.
Outros 28% acreditavam que “a sociedade atingiu um equilíbrio razoável quando se trata de acomodar pessoas transgênero”.
A maioria dos americanos que se identificam com o Partido Republicano (ou seja, mais à direita) (77%) e uma parcela de apoiadores de partidos independentes ou partidos menores (31%) concordaram que os esforços para acomodar a população transgênero foram longe demais.
Cerca de 30% dos independentes e membros de partidos menores acreditam que a comunidade transgênero recebe uma quantidade adequada de acomodação, assim como 16% dos republicanos.
Por outro lado, uma parcela bem menor de independentes (14%) e republicanos (5%) acredita que o país precisa fazer mais para acomodar pessoas transgênero.
Em contraste, uma parte significativa de apoiadores do Partido Democrata (ou seja, mais à esquerda) (39%) considera que a sociedade atingiu um equilíbrio adequado no que diz respeito à acomodação de transgêneros. Outros 37% acham que os EUA não foram longe o suficiente, enquanto 23% acreditam que esses esforços foram excessivos.
No esporte
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a participação de atletas masculinos trans em competições femininas, e a esmagadora maioria dos entrevistados (79%) acredita que eles não deveriam ter permissão para competir em tal categoria.
A maioria dos entrevistados, independentemente da orientação política, se opôs à participação de atletas masculinos transgêneros em esportes femininos, com a oposição sendo bem mais forte entre os republicanos (94%) do que entre democratas (67%) e independentes (64%).
Sobre as opiniões acerca da permissão de prescrição médica para medicamentos bloqueadores da puberdade ou hormônios transgênero para jovens, a maioria dos entrevistados (71%) concordou que menores não deveriam ter acesso a medicamentos que interrompam seu crescimento natural e deformem seus corpos.
Assim como no caso da participação de homens transgêneros em esportes femininos, a oposição à permissão de prescrição de bloqueadores da puberdade e hormônios transgêneros para crianças com disforia de gênero foi mais forte entre os republicanos (90%) e menos acentuada entre os independentes (61%) e democratas (54%).
Sete por cento dos republicanos, 10% dos independentes e 24% dos democratas apoiaram permitir que jovens de 15 a 18 anos recebessem bloqueadores da puberdade e hormônios transgêneros. Já o apoio para permitir que crianças de até 10 anos recebam esses medicamentos foi de 2% entre republicanos e independentes, e 19% entre democratas.
A pesquisa destacou que a oposição à permissão de atletas masculinos transgêneros competirem em esportes femininos, está relacionada a preocupações sobre a justiça para as atletas mulheres.
Risco à saúde
Os esforços para proibir que homens trans participem de competições em esportes femininos, foram motivados após polêmicas com atletas masculinos trans quebrando recordes esportivos femininos.
Em resposta a essas preocupações, 27 estados adotaram leis ou regulamentações que exigem que atletas trans compitam em equipes esportivas de acordo com o sexo atribuído ao nascimento, em vez de com base na identidade de gênero.
Enquanto isso, a oposição à prescrição de bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo oposto para jovens transgêneros é motivada por preocupações sobre seus efeitos a longo prazo.
O American College of Pediatricians destacou os possíveis efeitos colaterais dos bloqueadores da puberdade, como “osteoporose, transtornos de humor, convulsões, comprometimento cognitivo e, quando combinados com hormônios do sexo oposto, esterilidade”.
A organização médica também alertou que os hormônios do sexo oposto podem aumentar o risco de “ataques cardíacos, derrames, diabetes, coágulos sanguíneos e cânceres ao longo da vida”.
Em resposta a essas preocupações, 24 estados implementaram medidas que proíbem jovens transgêneros de obter bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo oposto.
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