Como resultado do referendo de maio de 2018, que legalizou o aborto na Irlanda, um total de 6.666 bebês perdeu a vida no ventre de suas mães durante o primeiro ano de vigência da lei.
O Departamento de Saúde da Irlanda relatou as seguintes estatísticas:
6.542 abortos realizados durante o primeiro trimestre; 100 realizados quando havia uma condição que provavelmente levaria à morte do feto; três realizadas quando havia risco para a vida ou a saúde da mãe durante uma emergência; e 21 realizados devido ao risco de morte ou risco à saúde da mãe em termos gerais.
Até 2018, o artigo 40.3.3 da Constituição irlandesa declarava: "O Estado reconhece o direito à vida dos nascituros".
No dia 25 de maio de 2018, o referendo de revogação desse artigo teve uma votação de 66,4%, levando à legalização do aborto. O artigo 40.3.3 passou a ter o seguinte texto: “Pode ser prevista por lei a regulamentação da interrupção da gravidez”.
Liam Gibson, da Sociedade para a Proteção das Crianças por Nascer (SPUC), expressou seu horror pelos números.
“Seria fácil ficar impressionado com o grande número de abortos ou ficar horrorizado com o que a matança de crianças nessa escala nos diz sobre a sociedade irlandesa. No entanto, nunca devemos perder de vista o fato de que cada um desses 6.666 abortos foi um ato deliberado de violência letal dirigida a um ser humano inteiramente inocente e único”, disse ele ao site ‘Aleteia’.
"Nenhum governo, nenhum estado, independentemente de um referendo, pode revogar o direito dado à vida, dado por Deus, mesmo que seja um membro da família humana", continuou Gibson. “O movimento pró-vida da Irlanda travou uma batalha longa e difícil para proteger mulheres e crianças do aborto. É muito importante que eles não fiquem calados diante dessa terrível injustiça”.