Ex-diretora afirma que clínica tinha 'metas de abortos' para cumprir

A escritora e ex-diretora da clínica norte-americana 'Planned Parenthood' afirmou que a rede abortista manipula seus dados e até mesmo sua contabilidade para conseguir 'vender mais' serviços de abortos e mascarar as estatísticas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 15 de abril de 2016 às 13:34
Abby Johnson deixou a diretoria regional da Planned Parenthood em 2009, após acompanhar ao vivo pelo ultrassom, um bebê lutando por sua vida, durante um processo abortivo. (Foto: Epic Pew)
Abby Johnson deixou a diretoria regional da Planned Parenthood em 2009, após acompanhar ao vivo pelo ultrassom, um bebê lutando por sua vida, durante um processo abortivo. (Foto: Epic Pew)

Conhecida como uma das principais clínicas de aborto dos Estados Unidos, a 'Planned Parenthood' demitia empregados que não cumprissem as 'cotas de aborto', segundo informou uma ex-funcionária e atual ativista pró-vida, Abby Johnson.

Johnson, que passou oito anos na direção de uma das sedes da rede de clínicas de aborto no Texas e deixou esse emprego em 2009, depois de testemunhar um feto lutando por sua vida durante um procedimento de aborto acompanhado por ultra-som ao vivo, falou ao 'Christian Post' sobre o seu convite para ministrar uma palestra na Universidade de Georgetown (EUA), no dia 20 de abril - mesmo dia em que a presidente da 'Planned Parenthood', Cecile Richards está agendada para falar na escola católica.

Abby Johnson, que agora dirige uma organização que incentiva os funcionários de clínicas de aborto a abandonar este ramo, foi questionada durante a entrevista sobre os "serviços vitais", que a 'Planned Parenthood' diz oferecer.

Johnson argumentou que mesmo que Planned Parenthood ofereça atendimentos / orientações, como a contracepção e exames para doenças sexualmente transmissíveis, cada um desses serviços é projetado para levar as mulheres a voltarem à clínica como pacientes que optam pelo aborto, quando confrontadas com diagnósticos de gestações não planejadas.

Ela acrescentou que o aborto está previsto como um "serviço a ser vendido" na clínica e é parte de seu "modelo de negócio".

"Cada serviço que a Planned Parenthood fornece leva de volta ao aborto. As pessoas sempre falam sobre os serviços que eles oferecem. Por que eles oferecem isso? Será que eles querem reduzir a taxa de abortos?", questionou Johnson. "Não! Absolutamente não. Se eles quisessem reduzir as taxas de aborto, eles não iriam impor cotas de aborto dentro de suas instalações. Um número mínimo de abortos que a clínica tem de vender".

Johnson, em seguida, falou sobre o que acontece quando as clínicas que não atendem às cotas de aborto, impostas pela organização.

"As pessoas começam a ser demitidas. Eles vão demitindo funcionários e há prémios monetários para os administradores que levam suas clínicas a cumprirem suas cotas", explicou Johnson. "Se você não cumprir sua cota, os funcionários são demitidos e você não recebe o seu grande bônus. Isso se deve à coerção e manipulação nas clínicas, uma vez que existem benefícios monetários para atender a esse contingente".

Em uma entrevista ao Christian Post em 2014, Johnson fez uma afirmação semelhante, quando ela disse que os trabalhadores da clínica se parecem mais com "vendedores de aborto".

"Os trabalhadores sabem que há uma cota", Johnson afirmou. "Eles se tornam agentes de vendas para o aborto. Caso contrário, a Planned Parenthood vai demitir funcionários".

Johnson também falou sobre dados que podem comprovar a existência dessas cotas na 'Planned Parenthood'.

"Na minha clínica - durante o último ano que eu estiva lá - tivemos um ano fiscal realmente bem sucedido em 2009, com os nossos números de aborto - na verdade, com os nossos números em geral, mas particularmente com os nossos números de abortos realizados", disse ela. "Quando eles estavam fazendo o nosso orçamento para o ano fiscal de 2010 eles olharam para esses números e disseram: 'OK, quantos abortos esta clínica pode realizar? E é assim que eles estabelecem as suas cotas".

Johnson também contou como um funcionário da clínica no Texas - que atualmente é CEO da 'Planned Parenthood' na região - sublinhava continuamente para os empregados que cada paciente por eles atendidos precisava "gerar receita".

Embora a 'Planned Parenthood' e seus defensores gostem de afirmar que apenas 10% dos serviços oferecidos de suas clínicas são abortos, Johnson explicou que os contadores da rede de clínicas manipulam os números.

"Tudo isso se resume à forma como eles cobram pelos serviços", disse ela. "Por exemplo: Um exame anual, exame de Papanicolaou, testes de gonorréia e clamídia e sete pacotes de conta contraceptivos, ainda que oferecidos em uma única consulta, são cobrados como 10 serviços diferentes. Isso mascara verdadeiros números".

Depois que Johnson deixou a Planned Parenthood, a rede de clínicas tentou, sem sucesso, estabelecer uma ordem judicial, que proibia que ela falasse sobre o que ela viu nas clínicas de aborto.

Johnson lançou o livro "Unplanned: A Verdadeira História Dramática da uma ex-Planned Parenthood" e já ajudou mais de 217 funcionários da clínica a deixar a indústria do aborto, através de sua organização.

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